Um ataque com mísseis da Rússia nesta segunda-feira (27) atingiu um shopping lotado na cidade central de Kremenchuk, na Ucrânia, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Pelo menos 11 pessoas morreram e 50 ficaram feridas, de acordo com o governador local, Dmytro Lunin, em entrevista à agência de notícias Reuters.
Em uma mensagem no Telegram, Zelensky disse que mais de mil pessoas estavam no centro comercial no momento do ataque. "É inútil esperar da Rússia a decência e a humanidade", escreveu. Segundo Kyrylo Tymochenko, chefe-adjunto da administração presidencial ucraniana, as operações de resgate continuam.
Pelas redes sociais, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia compartilhou o relato de Zelensky com um vídeo do shopping em chamas e uma densa fumaça escura saindo do local. "Os ocupantes dispararam foguetes contra o shopping, onde havia mais de mil civis. O shopping está pegando fogo, os socorristas estão combatendo o fogo, o número de vítimas é impossível de imaginar", diz a publicação.
O Kremlin ainda não se posicionou sobre as acusações feitas pela Ucrânia.
O governador regional, Dmytro Lunin, condenou o ataque, o classificando como um "crime de guerra" e um "crime contra a humanidade". Para Lunin os disparos também foram um "ato de terror não dissimulado e cínico contra a população civil".
Kremenchuk, uma cidade industrial de 217.000 habitantes antes da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, é o local da maior refinaria de petróleo da Ucrânia.
No último final de semana, a Ucrânia também acusou a Rússia de atacar um prédio residencial de nove andares em Kiev, capital do país. Segundo autoridades ucranianas, um jardim de infância também teria sido atingido.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitshko, disse que uma pessoa morreu e seis ficaram feridas. Quatro delas foram hospitalizadas, incluindo uma menina de sete anos que foi resgatada dos escombros.
Moscou respondeu as acusações da Ucrânia e afirmou que bombardeou uma fábrica de mísseis, chamando de "falsos" os relatos de que o ataque atingiu uma área residencial.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, o alvo foi a fábrica de armas Artiom, que se enquadra na categoria de instalações de "infraestrutura militar" que Moscou alega estar atacando.
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