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Mundo ultrapassa a marca de 3 milhões de casos confirmados de Covid-19

Mundo ultrapassa a marca de 3 milhões de casos confirmados de Covid-19

O número de casos crescia cada vez mais rapidamente, entretanto pode ter estabilizado após chegar a 2 milhões. Quase um terço são nos Estados Unidos –968 mil até agora

Publicado em 27 de abril de 2020 às 14:37

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Covid-10 no Mundo
Covid-19 no Mundo. (Freepik/Montagem Fernando Madeira)

O número de casos confirmados pelo novo coronavírus no mundo passou a marca de 3 milhões nesta segunda-feira (27). Pelo menos 185 países já foram afetados e as mortes já passam de 200 mil.

Dos 3 milhões de casos, quase um terço são nos Estados Unidos –968 mil até agora.

A infecção pelo Sars-CoV-2 ganhou velocidade desde que a doença foi reportada à OMS (Organização Mundial da Saúde) em 31 de dezembro de 2019. Segundo informações da própria organização, até 4 de janeiro de 2020 havia 44 pessoas infectadas, todas na China.

Mas nem mesmo a dura quarentena imposta na China conseguiu impedir que o coronavírus chegasse a outros países e infectasse 100 mil pessoas nos 62 dias seguintes.

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Daí em diante, o número de casos confirmados cresceu cada vez mais rapidamente e em 27 dias atingiu 1 milhão de pessoas. A velocidade com a qual a doença se disseminava dobrou e em 12 dias o mundo já contabilizava 2 milhões de pessoas com a Covid-19. Mais 1 milhão contraiu o vírus em 13 dias.

Se o número de casos confirmados mantiver o mesmo ritmo de crescimento observado em abril, até o fim de maio haverá mais de 5 milhões de infectados pelo mundo.

Onda de casos confirmados em países emergentes Em abril, países emergentes tiveram saltos no número de casos confirmados. A Rússia e a Turquia chegaram rapidamente à lista de dez países mais afetados pelo novo coronavírus. O Brasil também avançou rápido e é o 11º entre os que tem mais infectados e mortos. À sua frente, na 10ª posição em número de casos confirmados, está a China, país em que o vírus foi registrado pela primeira vez.

Brasil, Rússia e Turquia têm em comum chefes de Estado que minimizaram a força da pandemia e contrários a quarentena.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, mais de uma vez, que o Brasil não poderia parar por causa do coronavírus. Bolsonaro já demonstrou ser contra a quarentena adotada por diversos estados brasileiros e dezenas de países e demitiu o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defendia a orientação da OMS de isolamento social como principal ferramenta contra a doença, contrariando a vontade do chefe do executivo.

Mesmo com quarentena, o número de pessoas infectadas no Brasil não para de crescer. No último domingo (26), dois meses após o primeiro caso confirmado, o país já tinha mais de 61 mil doentes e 4.205 mortos, segundo informações do Ministério da Saúde.

A Turquia, cujo presidente Recep Tayyip Erdogan também é avesso à quarentena, é o 7º país com mais casos no mundo. São mais 110 mil pessoas infectadas e 2.805 mortes.

O primeiro caso de infecção foi confirmado no país no dia 11 de março. Um mês mais tarde já havia mais de 52 mil pessoas com a Covid-19 e a Turquia anunciava a libertação milhares de presos por até dois meses para evitar a disseminação do vírus dentro das prisões.

Foram beneficiados presos por diversos crimes, bem como os idosos e as mulheres grávidas. No entanto, a lei aprovada pelo parlamento turco foi duramente criticada por entidades de direitos humanos por excluir presos que foram condenados por assassinato ou pela controversa lei turca antiterrorismo, que culminou na prisão de jornalistas e de opositores políticos do presidente Recep Tayyip Erdogan.

A Rússia, que confirmou os primeiros dois casos da Covid-19 em 31 de janeiro, só chegou a cem pessoas infectadas em março e, desde então, tem visto saltar o número de casos confirmados, o que levantou suspeitas de omissão de dados.

Entre os dias 17 de março e 17 de abril o número de pessoas infectadas na Rússia teve um salto de 27.970%, passando de 114 para mais de 32 mil casos confirmados.

O presidente russo, Vladimir Putin, havia minimizado a crise, ainda em março, mas se viu obrigado a reconhecer a gravidade da pandemia após o prefeito de Moscou revelar que o governo não sabia o número real de infectados por falta de testes. Até esta segunda, o país tinha mais de 87 mil pessoas infectadas.

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