Em seu discurso na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o presidente americano, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira (22), críticas à China e voltou a responsabilizar o país asiático pela pandemia do novo coronavírus, chamando-o de "vírus chinês". A fala do republicano aconteceu logo após a do presidente Jair Bolsonaro - mas, ao contrário do mandatário brasileiro, que enalteceu a parceria com Washington, Trump não fez qualquer menção ao país.
"Nós travamos uma batalha feroz contra um inimigo invisível, o vírus da China, que ceifou inúmeras vidas. Nos EUA, lançamos a mobilização mais agressiva desde a Segunda Guerra Mundial e produzimos, rapidamente, um suprimento recorde de respiradores", disse Donald Trump. "Nós vamos distribuir vacinas contra a Covid-19 e vencer a pandemia", completou. Ainda sobre a pandemia, o líder da Casa Branca acusou a Organização Mundial da Saúde (OMS) de ser "virtualmente controlada" pelo Partido Comunista chinês e de ter "declarado falsamente" que doentes assintomáticos não transmitem a Covid-19.
A atuação de Pequim na área ambiental também foi alvo de críticas pelo republicano, que tem elevado o tom contra a China às vésperas da eleição presidencial em seu país. Ele é candidato à reeleição e tem aparecido atrás de Joe Biden, adversário democrata, nas pesquisas de intenção de voto. "A emissão de carbono chinesa é quase o dobro da americana e cresce rapidamente. A China não está interessada no meio ambiente, só quer punir os EUA. Se a ONU quiser ser uma organização eficaz, deve focar no real problema do mundo".
Em seguida, Trump ressaltou o que considera conquistas de seu mandato, como o combate ao Estado Islâmico e as mudanças na estrutura da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com aumento da contribuição financeira de outros países-membros. "Estamos mais fortes do que nunca, nossas armas estão em níveis avançados", acrescentou.
O presidente americano também falou em avanços na área de direitos humanos, reforçou apoio às populações de Cuba, Venezuela e Nicarágua, consideradas ditaduras pela Casa Branca, e disse estar muito confiante de que 2021 será um dos melhores anos da história dos EUA, como vem dizendo há um tempo. "Como presidente, rejeitei as abordagens fracassadas do passado e estou orgulhosamente colocando a América em primeiro lugar", completou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta