A ativista iraniana de direitos humanos Narges Mohammadi foi anunciada vencedora do Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira (6/07).
O comitê da premiação mais importante do mundo elogiou a luta de Mohammadi contra a opressão das mulheres no país islâmico.
Mohammadi atualmente cumpre uma longa pena na famosa prisão de Evin, em Teerã.
No ano passado, o prêmio foi para o grupo russo de direitos humanos Memorial, para o Centro para as Liberdades Civis da Ucrânia e para o defensor dos direitos humanos bielorrusso Ales Bialiatski.
Eles foram reconhecidos conjuntamente pela "promoção da paz", no contexto da invasão russa da Ucrânia.
Os nomes dos indicados são mantidos em segredo, mas mais de 350 pessoas e grupos estavam concorrendo neste ano.
Narges Mohammadi é ativista e vice-líder do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, fundado pela também ganhadora do Nobel Shirin Ebadi.
Mohammadi foi condenada à prisão várias vezes desde 2011 e está atualmente detida na prisão de Evin, em Teerã, por "espalhar propaganda".
Ao conceder o prêmio, o comitê do Nobel disse que a "luta corajosa de Mohammadi teve um enorme custo pessoal".
"No total, o regime a prendeu 13 vezes, condenou cinco vezes e sentenciou a um total de 31 anos de prisão", disse Berit Reiss-Andersen, chefe do Comitê Norueguês do Nobel em Oslo.
Narges Mohammadi "ainda está na prisão neste momento", acrescentou.
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