As novas medidas de segurança para impedir o contágio por coronavírus devem exigir que os passageiros cheguem mais cedo aos aeroportos, disse nesta terça (19) a Iata, Associação Internacional de Transporte Aéreo.
O vice-presidente de Segurança da Iata, Nick Careen, que apresentou as recomendações da entidade, disse que a associação ainda está calculando quanto tempo extra será necessário para que todas as medidas de segurança sejam cumpridas e qual a antecedência necessária para os passageiros.
As orientações vão na direção de medidas já adotadas por companhias aéreas ou sugeridas por outras entidades, como a redução de contatos, limitações a bagagem de bordo, mudanças nos sistemas de refeição, uso de máscaras e desinfecção frequente.
A Iata também recomenda a adoção de mais tecnologia para que procedimentos como check-in, despacho de bagagem, checagem de documentos e inspeções de segurança sejam feitos sem contato e, de preferência, por biometria e sem a necessidade de tocar superfícies.
Careen disse que parte das medidas pode ser substituída no futuro por testes para presença do coronavírus ou passaportes eletrônicos de imunidade, mas apenas que o conhecimento científico avançar nessas áreas.
Segundo o executivo da Iata, cada país determina a providência a tomar se for descoberto durante a viagem que um passageiro estava infectado pelo coronavírus como quarentena ou repatriação, por exemplo.
Testes e rastreamento de contatos são essenciais para que as viagens possam retomar com mais rapidez e segurança, disse Careen, e companhias já estão proibindo que passageiros mudem de assento no avião para não prejudicar a identificação se algum caso for detectado.
O vice-presidente disse que a Iata está discutindo suas recomendações com a Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO, na sigla em inglês), mas que mudanças de regulamentação feitas no passado, como, por exemplo, no transporte de animais ou medicamentos, foram implantadas sem problemas pelas companhias aéreas.
Autodeclaração sobre seu estado de saúde, como é feito hoje em relação às bagagens, pode ser uma forma de evitar que passageiros ponham em risco a saúde de outros e de eximir companhias aéreas da responsabilidade tanto pela exposição quanto pelos custos de repatriação.
Segundo o diretor-geral da Iata, Alexandre de Juniac, é preciso evitar que passageiros sejam constrangidos no processo, e os custos serão repartidos entre diferentes empresas do mercado, como aeroportos, empresas de logística e companhias aéreas.
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