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O homem encontrado vivo em sótão do vizinho após 26 anos desaparecido

O homem encontrado vivo em sótão do vizinho após 26 anos desaparecido

Um homem que estava desaparecido há 26 anos foi finalmente encontrado vivo no sótão de um vizinho na Argélia, a poucos metros da casa onde vivia com a família

Publicado em 17 de maio de 2024 às 06:21

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Imagem BBC Brasil
À esquerda, imagem do homem após ser resgatado; à direita, uma fotografia anterior ao seu desaparecimento. (Reprodução)

Um homem que estava desaparecido há 26 anos foi finalmente encontrado vivo no sótão de um vizinho na cidade de El Guedid, na Argélia, a poucos metros da casa onde vivia com a família.

O seu nome é Omar Bin Omran e ele havia desaparecido durante a guerra civil na Argélia na década de 1990.

Ele tem hoje 45 anos e estava a apenas 200 metros de onde cresceu.

As autoridades confirmaram a prisão de um homem de 61 anos suspeito de sequestrá-lo.

O desaparecimento de Omar em 1998 ocorreu no meio de um conflito de uma década entre o governo da Argélia e grupos islâmicos.

Sua família temia que ele estivesse entre os milhares de mortos e desaparecidos deixados pela guerra.

Mas, segundo as autoridades locais, o homem foi encontrado vivo debaixo de um palheiro no dia 12 de maio.

Imagem BBC Brasil
Omar havia desaparecido durante a guerra civil argelina na década de 1990. (Getty Images)

Crime ‘atroz’

A promotoria recebeu uma denúncia anônima alegando que Omar Bin Omran estava na casa de seu vizinho.

Um oficial da Justiça afirmou: "Após este relato, o procurador-geral ordenou a abertura de uma investigação aprofundada e os agentes foram à casa em questão."

"No dia 12 de maio, às 20h, horário local, a vítima Omar bin Omran, de 45 anos, foi encontrada no porão de seu vizinho, BA, 61 anos."

O suspeito tentou fugir do local, mas foi contido e preso.

Segundo relato do irmão da vítima nas redes sociais, o suposto sequestro ocorreu devido a uma disputa por herança.

As autoridades disseram que a investigação ainda está em andamento e que Omar está recebendo cuidados médicos e psicológicos.

Um porta-voz do Ministério Público classificou o crime como "atroz".

A vítima disse às autoridades que ocasionalmente via sua família do cativeiro, mas não conseguia pedir ajuda porque seu sequestrador o convenceu de que ele estava sob "um feitiço".

Segundo a imprensa local, a mãe de Omar morreu em 2013 sem saber que o filho estava vivo.

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