A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estimou nesta quarta-feira, 23, que entre 7 mil a 15 mil soldados russos foram mortos em quatro semanas de guerra na Ucrânia, onde a resistência feroz dos defensores do país negou a Moscou a vitória relâmpago que buscava.
A título de comparação, a Rússia perdeu cerca de 15 mil soldados ao longo de dez anos no Afeganistão. Um alto funcionário militar da Otan disse que a estimativa da aliança foi baseada em informações de autoridades ucranianas, o que a Rússia divulgou - intencionalmente ou não - e informações coletadas de fontes abertas. O funcionário falou sob condição de anonimato sob as regras básicas estabelecidas pela Otan.
A Ucrânia divulgou poucas informações sobre suas próprias perdas militares, e o Ocidente não deu uma estimativa, mas o presidente Volodymr Zelenskyy disse há quase duas semanas que cerca de 1300 militares ucranianos foram mortos.
Quando a Rússia desencadeou sua invasão em 24 de fevereiro na maior ofensiva da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, uma rápida queda do governo da Ucrânia parecia provável. Mas com a quarta-feira marcando quatro semanas completas de combates, Moscou está atolada em uma campanha militar opressiva.
Com suas forças terrestres desaceleradas ou detidas por unidades ucranianas atropeladas e armadas com armas fornecidas pelo Ocidente, as tropas do presidente russo Vladimir Putin estão bombardeando alvos de longe, recorrendo às táticas que usaram para reduzir cidades a escombros na Síria e na Chechênia.
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