O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o pacote de estímulos de US$ 900 bilhões, em negociação no Senado americano, "não é suficiente", embora vá ajudar os norte-americanos necessitados durante a pandemia da Covid-19. "Isso seria um bom começo. Não é suficiente. É necessário e eles (parlamentares) devem se concentrar nas coisas que são imediatamente necessárias", disse Biden, em entrevista à CNN, a primeira após ter sido eleito presidente do país.
Biden afirmou que o projeto de lei de ajuda econômica deve ser aprovado e que ele terá de pedir recursos novamente quando assumir o cargo. "Eu acho que deveria ser aprovado. Vou ter que pedir mais para fazer as coisas", apontou. Além da crise do novo coronavírus, Biden elencou a crise econômica, desigualdade racial e as mudanças climáticas como outras três crises que afetam o país.
O presidente eleito acrescentou que já conversou com vários senadores republicanos sobre questões-chave do seu governo e reconheceu que o trabalho de aprovação de projetos e leis "será difícil". "Vai ser difícil. Mas estou confiante de que nas questões que afetam a segurança nacional e a necessidade econômica fundamental de manter as pessoas empregadas, de recuperar a economia, há muito espaço para trabalhar", completou.
Sobre a transição com o governo de Donald Trump, Biden afirmou que considera que o atual presidente deveria comparecer à sua posse, em 20 de janeiro, porque mostraria uma transferência pacífica. "O protocolo de transferência de poder, acho eu, é importante. Mas a decisão é totalmente dele, e não tem nenhuma consequência pessoal para mim", disse.
Biden também se disse preocupado com os boatos de que Trump concederá perdões preventivos à sua família. "Isso me preocupa em termos de que tipo de precedente ele estabelece e como o resto do mundo nos vê como uma nação de leis e justiça", afirmou. Segundo o democrata, o Departamento de Justiça da sua administração vai atuar "de forma independente nessas questões" e também em como responder aos indultos concedidos por Trump.
O presidente eleito dos Estados Unidos ainda não anunciou o nome de quem chefiará o Departamento de Justiça de sua gestão - cargo equivalente a Procurador da República. Quanto aos demais nomes de seu governo, Biden voltou a afirmar que seu gabinete "vai se parecer com o país", em referência à diversificação étnico-racial.
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