A tomada do Congresso norte-americano por manifestantes violentos, ocorrida nesta quarta-feira (6), é um produto chocante, mas resultado de anos de violência e retórica de ódio alimentada por teorias de desinformação e conspiração, avaliam especialistas em extremismo de extrema direita. "Se você está surpreso, não tem prestado atenção", disse a diretora executiva do Integrity First for America, Amy Spitalnick. "Todos nós deveríamos estar horrorizados com isso, mas ninguém deveria se surpreender que isso esteja acontecendo."
Membros de grupos de extrema direita, incluindo os violentos Proud Boys, juntaram-se à multidão que se formou em Washington para torcer pelo presidente Donald Trump, enquanto ele os instava a protestar contra a contagem dos votos do Colégio Eleitoral pelo Congresso, que confirmaria a vitória do presidente eleito Joe Biden. Membros de grupos menores de supremacia branca e neonazistas também foram vistos na multidão. A multidão de apoiadores de Trump no Capitólio também incluía adeptos do "Exército Groyper", uma rede de supremacistas brancos.
Oren Segal, vice-presidente do Centro de Extremismo da ADL, disse que avistou membros de outros grupos de supremacia branca e neonazistas entre as multidões pró-Trump em Washington. Para ele, o ataque ao Capitólio é a "conclusão lógica para o extremismo e o ódio sem controle" durante a presidência de Trump. "Tínhamos teorias da conspiração incitando as pessoas a agir no local. Tínhamos a fusão de narrativas convencionais e extremas", disse Segal.
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