O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse nesta terça-feira, 11, que a cidade está pronta para vacinar turistas. Ele prometeu a vacinação de visitantes na última sexta-feira, mas precisava da autorização do governo estadual para isso -- o que, segundo ele, já aconteceu. Questionado sobre o assunto por repórter da GloboNews em Nova York, o prefeito se solidarizou com a situação da pandemia no Brasil e disse que quer ajudar "todas as pessoas" que estão na cidade, ainda que apenas como viajantes.
"Queremos que todos estejam seguros e obviamente meu coração está com o povo do Brasil. Houve tanta dor, tanta dificuldade", disse. "Mesmo alguém que está temporariamente conosco, queremos ajudar. Então, estou animado para dizer que a vacinação para turistas está pronta para ir em frente", afirmou De Blasio.
A ideia da prefeitura de NY é instalar vans na Times Square e em pontos turísticos da cidade e vacinar turistas com o imunizante da Johnson & Johnson, que é de dose única. "O Estado já aprovou. Então isso é algo que já estamos fazendo. Estamos criando oportunidades de vacinação móvel para turistas em algumas partes da cidade de Nova York, nos lugares que os turistas adoram ir. Faz parte das boas-vindas de volta à cidade de Nova York", disse De Blasio.
Viajantes que estão no Brasil, no entanto, continuam proibidos de entrar nos EUA. Desde maio de 2020, o governo americano proíbe a entrada de passageiros que estiveram no País nos 14 dias que antecedem a chegada aos EUA. A restrição foi estabelecida pelo então presidente dos EUA Donald Trump e mantida pelo presidente Joe Biden, diante do alto número de casos de covid-19 no Brasil.
China, Irã, Reino Unido, Irlanda, 26 países europeus, África do Sul e Índia estão na mesma situação do Brasil. Os americanos tentam negociar com europeus e britânicos a possibilidade de aceitar viajantes destes países que já estejam vacinados.
Muitos brasileiros ou europeus que querem entrar nos EUA, no entanto, encontram como saída a quarentena em um terceiro país. Viajantes brasileiros e europeus ficam por 14 dias em um terceiro local, como o México, e após esse período conseguem entrar nos Estados Unidos, desde que tenham visto válido e cumpram outros requisitos determinados pelas autoridades de saúde locais -- como a apresentação de um teste de covid-19 com resultado negativo.
Questionado se os moradores -- e contribuintes -- de Nova York se incomodariam com a aplicação em estrangeiros de vacinas pagas pelo governo americano, De Blasio disse que o turismo é vital para a economia da cidade. "Eu não acredito nisso (que contribuintes se incomodarão). Quando dizemos turistas, falamos de turistas dos EUA e de outros países. Queremos eles de volta. É parte vital da economia da cidade de NY", afirmou De Blasio.
O prefeito disse ainda que a vacinação de turistas era algo inteligente e também generosa. "É o que somos como nova-iorquinos", disse.
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