A Casa Branca teve todos os seus acessos fechados por cerca de uma hora no fim da tarde desta sexta (29), quando uma multidão se aproximou do local durante um protesto pela morte de George Floyd, homem negro morto por sufocamento por um policial branco.
Protestos tomaram as ruas de várias cidades dos EUA nesta sexta (29), como Nova York, Chicago, Los Angeles e Atlanta.
Na capital Washington, os manifestantes chegaram à Casa Branca às 19h07 (20h07 em Brasília), depois de percorrerem a rua 14, uma das mais movimentadas da cidade, cheia de bares e restaurantes.
A maioria era jovem. Grande parte usava máscaras nesse primeiro dia de reabertura das atividades na capital americana.
Cerca de 40 agentes do serviço secreto americano estavam do lado de fora da Casa Branca, havia snipers posicionados no telhado. O acesso à Casa Branca foi fechado temporariamente, e repórteres que estavam do lado de dentro e tinham participado de uma entrevista coletiva não puderam sair da sala onde estavam.
Com faixas "eu não consigo respirar", "vidas negras importam", "justiça" e "silêncio é violência", gritavam "não atirem", de mãos para o alto, e outras palavras de ordem, como "foda-se a polícia".
Por volta das 19h30, alguns manifestantes forçaram as grades colocadas em frente à Casa Branca e houve correria. Manifestantes disseram que spray de pimenta foi lançado, e alguns começaram a atirar garrafas de água e objetos na direção da polícia.
Outros integrantes do protesto pediram calma e a situação se acalmou.
Floyd teve o pescoço pressionado por um policial, que usou seu joelho para sufocá-lo. Ele avisou aos policiais diversas vezes que não conseguia respirar, mas foi ignorado.
O registro da ação policial feito por testemunhas viralizou, causando revolta e uma onda de protestos que teve vários incêndios em Minneapolis, cidade onde a morte ocorreu.
O governador, Tim Walz, e os prefeitos de Minneapolis, Jacob Frey, e da vizinha St. Paul, Melvin Carter, decretaram toque de recolher a partir das 20h desta sexta-feira (22h em Brasília).
Apenas socorristas, jornalistas e pessoas que vão ou voltam do trabalho poderão circular. Quem violar as regras pode ser preso, segundo Walz.
No entanto, manifestantes seguiram nas ruas mesmo após o horário determinado, e houve confronto com as forças de segurança. Manifestantes ajoelharam no chão e ergueram as mãos, mas foram alvos de bombas de gás.
Em Atlanta, houve protestos ao redor da sede da emissora CNN. O confronto entre manifestantes e policiais adentrou as dependências da TV. A emissora exibiu imagens ao vivo de bombas explodindo no hall de entrada do prédio, onde policiais e manifestantes seguiram em conflito.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta