O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, argumentou nesta terça-feira que a imposição do nível mais severo de restrições à circulação de pessoas, anunciada na segunda-feira, foi a única alternativa possível para conter a rápida disseminação do coronavírus no país. "Mais de 1 milhão de pessoas contraíram Covid-19, cerca de 2% da população", afirmou, em entrevista coletiva.
Segundo o governo britânico, nas últimas duas semanas de dezembro, a taxa de transmissão da doença saltou 70%.
O premiê revelou que cerca de 1,3 milhão de pessoas já foram vacinadas e garantiu que, em até três semanas, quase 25% dos idosos acima de 80 anos já estarão imunizados. Ele acrescentou que é uma "absoluta prioridade" manter escolas abertas, mas disse que a gravidade da crise forçou a transição para o ensino remoto.
Johnson também ressaltou que trabalha com "prospectos" de que as medidas restritivas comecem a ser relaxadas a partir de meados de fevereiro, embora tenha reconhecido que isso vai depender de uma conjunção de fatores, o que inclui a redução no número de diagnósticos da covid-19.
O médico chefe do governo, Chris Whitty, comentou a nova variante do coronavírus originada na África do Sul e identificada recentemente no país insular europeu. Segundo ele, há o risco de que as vacinas atualmente disponíveis não sejam eficazes contra essa mutação. "Mas nada sugere que esse seja o caso até agora", ponderou.
Nesta terça pela manhã, o Tesouro britânico anunciou um pacote fiscal de 4,6 bilhões de libras esterlinas, com objetivo de atenuar os efeitos econômicos da nova fase da pandemia. Serão destinados 9 mil libras a empresas de varejo, hotelaria e lazer, para os quais a cobrança de impostos ficará temporariamente suspensa. Outros 1,694 bilhão de libras esterlinas serão direcionados a negócios de outros setores e a autoridades locais
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