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Saiba quem é a Huawei e por que ela preocupa tanto o Ocidente

Saiba quem é a Huawei e por que ela preocupa tanto o Ocidente

Governos temem que, por meio da empresa, China obtenha maior acesso às redes de comunicação, principalmente à 5G

Publicado em 6 de dezembro de 2018 às 13:03

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(Pixabay)

A Huawei é uma das maiores fornecedoras de equipamentos e serviços de telecomunicações do mundo, passando recentemente a frente da Apple para se tornar a segunda maior fabricante de smartphones depois da Samsung. Alguns governos ocidentais temem que o governo chinês ganhe acesso à rede móvel de quinta geração (5G) e outras redes de comunicação por meio da Huawei e amplie sua capacidade de espionagem, embora a empresa insista que não sofre qualquer controle governamental.

As preocupações de segurança levaram o BT Group (British Telecom) a barrar o equipamento da Huawei da rede 5G que está sendo lançada no Reino Unido. A Nova Zelândia, por sua vez, bloqueou o equipamento da Huawei por questões de segurança nacional, depois que a Austrália impôs uma proibição similar tanto da Huawei quanto da empresa de comunicações ZTE.

Os Estados Unidos abriram uma série de processos judiciais contra empresas de tecnologia chinesas, com acusações como roubo de segurança cibernética e violações das sanções ao Irã.

No início deste ano, o governo dos EUA impediu que empresas americanas exportassem para a ZTE, efetivamente fechando a empresa. Posteriormente, os EUA substituíram a proibição por uma multa e mudanças de governança. Os EUA também restringiram as empresas americanas de venderem peças para a fabricante chinesa de chips Fujian Jinhua.

O avanço das empresas chinesas na fronteira tecnológica é um dos motivos por trás da escalada protecionista dos EUA contra a China. No último sábado, durante a reunião do G-20, o presidente americano Donald Trump e o chinês Xi Jinping acertaram uma trégua na guerra comercial, suspendendo temporariamente um aumento recíproco de tarifas em centenas de bilhões de dólares que estava previsto para entrar em vigor nos próximos meses.

Uma das exigências dos americanos foi que a China alterasse sua política para a atuação de empresas estrangeiras do setor de tecnologia no país. Atualmente, Pequim exige que companhias do exterior façam parcerias locais e transfiram conhecimento tecnológico para empresas chinesas.

AÇÕES EM QUEDA

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As ações da Huawei registraram forte queda nesta quinta-feira, pressionando os índices acionários na China e em Hong Kong e os papéis de empresas de tecnologia e de fornecedores de hardware, após a notícia da prisão de Meng Wanzhou, uma das vice-presidentes do conselho da Huawei e filha do fundador da empresa, Ren Zhengfei, foi presa em Vancouver e enfrenta uma possível extradição para os EUA, disse um porta-voz do Departamento de Justiça canadense. A prisão está relacionada a supostas violações das sanções dos Estados Unidos, disse uma fonte com proximidade do assunto, apesar de as autoridades até agora terem se mantido em silêncio sobre as alegações.

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