O Centro de Controle de Doenças da Coreia do Sul (KCDC), nesta sexta-feira (21), registrou 324 novas infecções pelo novo coronavírus, maior número de casos diários no país desde o começo de março. O aumento ocorre à medida em que o surto do vírus identificado em uma igreja na capital Seul se espalha para outras regiões do país.
Segundo reportagem da Associated Press, a maioria dos novos casos ocorre na região de Seul, mas novas infecções foram reportadas em praticamente todas as grandes cidades do país, incluindo Busan, Gwangju, Daejeon, Sejong e Daegu, esta última do sudeste sul-coreano que foi o epicentro de outro grande surto no final de fevereiro.
Hoje é o oitavo dia seguido em que a Coreia registra ao menos 100 infectados em 24 horas. Ao todo, o KCDC contabiliza 16.670 casos e 309 mortes por covid-19 no país. O diretor do órgão, Jeong Eun-kyeong, disse que o governo deveria considerar medidas de distanciamento mais fortes - como banir reuniões de mais de 10 pessoas, fechar escolas, suspender esportes profissionais e aconselhar as empresas a ter funcionários trabalhando em casa - caso a propagação do vírus não recue após o próximo fim de semana.
Na Europa, o infectologista e diretor do Centro de Coordenação de Alertas de Saúde e Emergências do Ministério da Saúde da Espanha, Fernando Simon, disse que a epidemia local de coronavírus em algumas regiões do país está "fora de controle". Hoje, o governo espanhol registrou mais 8.148 infectados, sendo 3.650 identificados até as 16 horas pelo fuso horário local. Atrás apenas da Rússia, que se aproxima do milionésimo caso, a Espanha tem a segunda maior taxa de infectados na Europa, com 377.906 casos, incluindo 28.813 óbitos, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Já a Itália confirmou o maior avanço diário da doença no país desde o dia 14 de maio, há pouco mais de três meses, com as 947 novas infecções registradas hoje. O total de infectados agora é de 257.065. "Fala-se continuamente sobre uma segunda onda do vírus, mas na verdade a primeira onda ainda não acabou", disse Walter Ricciardi, consultor do Ministério da Saúde da Itália, nesta sexta-feira. "Sabíamos que atenuar as medidas de isolamento teria consequências", completou.
A líder de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou hoje que a região administrativa vai iniciar no dia 1º de setembro um programa de testagem em massa para acompanhar a evolução da covid-19 entre os residentes locais. Já Pequim, capital da China, suspendeu a determinação que obrigava o uso de máscaras pelos seus cidadãos, após a cidade completar 13 dias consecutivos sem registrar novos casos da doença.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta