Um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter atingiu o Haiti na manhã deste sábado (14), com o epicentro no noroeste da ilha de Hispaniola, a 160 km de Porto Príncipe, a capital do país. O sismo foi registrado às 8h29 locais (9h29 de Brasília). Dez minutos depois, houve uma réplica de magnitude 5,2. A ocorrência deixou ao menos 227 mortos, além de centenas de feridos e desaparecidos, segundo o governo.
Nas redes sociais, vídeos gravados por moradores mostravam prédios residenciais derrubados e pessoas correndo em meio a escombros e gritando.
Os principais danos teriam ocorrido nas cidades de Jérémie e Los Cayos. Há imagens de edifícios religiosos, casas e escolas que teriam sido afetados.
Uma réplica de 5,2 ocorreu 10 minutos depois do tremor principal.
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA emitiu um alerta de tsunami na costa do Haiti.
"Acordei e não tive tempo de colocar os sapatos. Nós vivemos o terremoto de 2010 e tudo o que pude fazer foi correr, minha cama estava tremendo. Todos gritavam para que saíssemos às ruas", disse Naomi Verneus, 34, à agência de notícias Reuters.
O terremoto chega num momento de instabilidade política e de crise econômica do país. No último dia 7 de julho, o então presidente Jovenel Moïse foi assassinado por um grupo de mercenários.
Há 11 anos, um terremoto de 7 graus causou uma terrível destruição no país. Foram mais de 200 mil mortos, 300 mil feridos e 1,5 milhão de desabrigados.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse no Twitter que está acompanhando "a mais recente tragédia em curso no Haiti". "Envio meus sentimentos a todos os afetados pelo terremoto. Minhas profundas condolências a todos que perderam familiares e amigos. A ONU está trabalhando para apoiar os esforços de resgate e assistência", afirmou.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou ajuda "imediata" ao Haiti e designou a diretora da Usaid (a agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), Samantha Power, para coordenar o esforço, disse um funcionário da Casa Branca a repórteres.
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