O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta segunda-feira (20) que o Brasil vive uma "situação terrível" pela covid-19 e voltou a culpar os chineses pela pandemia. "É um problema global, ainda que causado pela China", disse a repórteres no Salão Oval, seu gabinete na Casa Branca.
A menção ao Brasil veio durante críticas de Trump à cobertura da imprensa americana sobre a pandemia. "No fim de semana, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo atingiu recorde de casos de coronavírus. E só se fala dos EUA, como se o problema não fosse mundial. Veja o Brasil, que situação terrível. Veja o México", argumentou o republicano.
Não é a primeira vez que o presidente americano cita o avanço da covid-19 no País.
Donald Trump ainda ressaltou que os avanços recentes em estudos de vacinas e tratamentos contra o novo coronavírus, comentando especificamente sobre a utilização de remdesivir em pacientes já infectados.
Dessa vez, ele não mencionou hidroxicloroquina, medicamento que fez uso de forma preventiva, por mais que não haja comprovação científica de sua eficácia.
O líder da Casa Branca ainda informou que seu governo passará a conceder coletivas sobre o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Nesta segunda-feira, AstraZeneca e Pfizer relataram avanços importantes em seus estudos de uma profilaxia à doença.
Além de reforçar críticas à China, em meio à escalada de tensões entre os dois países, Trump afirmou aos repórteres presentes que Estados governados pelo Partido Democrata lidaram pior com a pandemia. "Olhe Nova York", disparou.
O Estado, governado por Andrew Cuomo, registra o maior número de mortes e casos pela doença. As falas de Trump, no entanto, vêm em ano de eleições presidenciais, para as quais seu principal rival, o democrata Joe Biden, é favorito nas pesquisas de intenção de voto.
O presidente dos Estados Unidos também voltou a defender cortes de impostos em folhas de pagamento como forma de estimular a atividade no país, golpeada pela crise.
No Congresso, parlamentares começaram nesta segunda-feira a discutir um quinto pacote fiscal.
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