Depois de aumentar a tensão com Pequim ao chamar o novo coronavírus de "vírus chinês", o presidente americano, Donald Trump, disse que a China tem "vivido o inferno" com a pandemia.
Em entrevista coletiva neste sábado (21), em Washington, Trump elogiou as medidas adotadas pelo regime do dirigente Xi Jinping, dizendo que o país "tem trabalhado muito duro" para tentar impedir a disseminação do coronavírus.
Mas reclamou de não ter sido avisado antes do tamanho do problema. "A China foi muito secreta. Gostaria que eles nos tivessem avisado antes."
Na segunda (16), o presidente americano havia usado o termo "vírus chinês" numa rede social, o que irritou os chineses. "Os Estados Unidos apoiarão fortemente as indústrias, como companhias aéreas e outras, que são particularmente afetadas pelo vírus chinês", escreveu Trump.
As autoridades de Pequim protestaram. Os Estados Unidos devem "cessar imediatamente suas acusações injustificadas contra a China", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.
O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez na China em dezembro de 2019. As autoridades disseram que ele apareceu na região de um mercado onde são vendidos animais vivos.
Estudos preliminares apontam que o vírus infectou morcegos, depois uma espécie de mamífero e, por fim, chegou aos humanos.
O governo chinês tem sido criticado pela forma como lidou com o início da crise. Houve tentativas de minimizar o problema e demora em restringir a circulação nas áreas com os primeiros casos registrados.
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