O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (31) que pretende classificar antifascistas como uma organização terrorista. No entanto, o antifascismo é uma posição política, e não uma entidade ou partido.
"Os Estados Unidos vão designar ANTIFA como uma organização terrorista", escreveu Trump em uma rede social, citando a abreviação da palavra antifascita.
Uma forte onda de protestos tomou o país após a morte de George Floyd, negro que foi sufocado ao ter o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco na última segunda-feira (25). Desde então, manifestantes pedem o fim do racismo e da brutalidade policial.
Trump lamentou a morte de Floyd, mas passou a ameaçar os manifestantes e a dizer que os protestos são conduzidos por radicais de esquerda, que querem usar a morte de Floyd para levar o caos ao país e impor suas demandas.
Com várias vertentes e definições, o antifascismo tem como cerne o combate a regimes autoritários, geralmente ligados à ultradireita, que costumam defender o culto à personalidade e o racismo.
O maior exemplo do fascismo foi a ditadura de Benito Mussolini (1922-1943), que levou a Itália a lutar na Segunda Guerra ao lado da Alemanha nazista.
O antifascimo também é relacionado a críticas ao poder de grandes corporações e das elites.
Assim, muitas vezes é classificado como ultraesquerda, embora também tenha proximidade com o anarquismo, que defende sociedades sem governos.
Parte dos antifascistas defende abertamente o uso da violência, como a destruição de propriedades, como meio para chegar a mudanças. Não há, no entanto, uma entidade antifascista organizada, embora alguns grupos façam reuniões eventuais para coordenar ações.
Nos Estados Unidos, grupos antifascistas foram a atos da ultradireita para impedir que fossem realizados, pois defendem que o discurso de ódio e a defesa do racismo devem ser combatidos.
Eles também protestaram na posse de Donald Trump, em 2017.
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