O nome de Donald Trump vai ser impresso nos cheques que o governo americano entregará aos cidadãos como apoio para atenuar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
Esta é uma decisão inédita, já que nunca na História do país o nome de um presidente apareceu impresso em um pagamento do governo, seja na forma de reembolsos tributários ou esquemas de transferência de renda regulares ou extraordinários, como os que já foram feitos na crise financeira de 2007 e 2008.
Por causa disso, uma fonte da Receita Federal afirmou que haverá atraso na entrega do apoio financeiro, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira no jornal Washington Post.
A ordem foi dada pelo Departamento do Tesouro: o nome de Trump tem de aparecer nos cheques de US$ 1.200 que vão ser entregues a 70 milhões de americanos. O republicano é candidato à reeleição em novembro, quando disputará com o democrata Joe Biden.
Inicialmente, Trump minimizou a gravidade do novo coronavírus, comparou a Covid-19 a uma gripe e chegou até a chamar de "boato". Depois, mudou o discurso.
Funcionários do governo disseram ao Post que o presidente chegou a sugerir que os cheques tivessem a sua assinatura, mas o procedimento não é legal.
Os cheques serão então assinados por um funcionário das Finanças, como é habitual. Mas, no canto superior esquerdo, estará a expressão "pagamento de impacto econômico", e, logo abaixo, o nome do chefe de Estado dos EUA: Donald J. Trump.
A decisão obrigou a mudanças no sistema de impressão que podem atrasar a emissão e entrega dos cheques. Uma equipe ocupa-se de alterar, em teletrabalho e sob a pressão do tempo, os códigos de impressão e de acrescentar uma linha para o nome.
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