Após passar por Scranton, sua cidade natal, o democrata Joe Biden continuou sua incursão pela Pensilvânia, um dos 13 estados mais disputados desta eleição, com uma visita à Filadélfia. Na cidade, ele discursou a populares e acusou o adversário, o republicano Donald Trump, de não estar à altura do país.
"Esse cara [Trump] não entende o que é sacrifício. Só fala que é o machão, o fortão", afirmou. "Mas qual foi a última vez em que um presidente apareceu na ONU e virou alvo de piada? Isso nunca aconteceu", afirmou, acompanhado da neta, Finnegan Biden.
"O presidente acha que pode decidir quem pode votar. Mas advinha só? O povo é que escolhe quem pode ser presidente", disse Biden em alusão às reiteradas tentativas republicanas de anular votos antecipados, sobretudo em distritos predominantemente democratas.
"Teremos mais gente votando neste ano do que em qualquer outro momento eleitoral nos EUA", afirmou, estimando que o país deve chegar a 160 milhões de votos. Até agora, mais de 100 milhões de eleitores votaram de forma antecipada.
O democrata também fez um aceno em direção à conciliação do país, fortemente polarizado. "Escolheremos a esperança em vez do medo", disse Biden. "Não haverá estados vermelhos ou estados azuis, apenas Estados Unidos", afirmou, aludindo às cores que representam, respectivamente, o Partido Republicano e o Partido Democrata.
Scranton e Filadélfia representam a dicotomia da Pensilvânia. A primeira fica em uma região operária, que por anos foi um bastião democrata mas nas últimas décadas se tornou politicamente dividida sob os efeitos da crise econômica, que atingiu em cheio a indústria do país. A segunda, mais jovem e cosmopolita, tende a se alinhar com as preferências do nordeste americano, mais pró-democratas.
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