Causou espanto a notícia, na última sexta-feira (24), de que o governo chinês construiria em apenas 10 dias um hospital em Wuhan para vítimas do coronavírus, que virou epidemia e tem como epicentro a cidade de 11 milhões de habitantes no centro do país.
Afinal, até para os padrões chineses de celeridade em obras, levantar um hospital e deixá-lo em funcionamento neste prazo não é algo trivial. Não demorou muito para que imagens de dezenas de tratores terraplanando o terreno viralizasse.
Junto com o espanto veio a dúvida: vão conseguir fazer isso no prazo e entregar a obra na próxima segunda (3)? Para mostrar que não é brincadeira, o governo chinês, via CGTN (China Global Television Network, grupo de canais de TV estatal), colocou uma câmera para transmitir a construção 24 horas por dia.
Wuhan foi escolhida para abrigar o hospital por ser a grande cidade com maior número casos, o que fez as autoridades chinesas determinarem o seu isolamento.
Na última segunda (27), o prefeito da cidade, Zhou Xianwang, pediu demissão porque escondeu dados sobre a doença. Ele confirmou que 5 milhões de pessoas (ou seja, quase metade da população local) deixaram a cidade antes de ser isolada.
O número de mortos na China pelo surto de coronavírus chegou a 162 na noite de quarta (29) e o número de casos confirmados já passa de 7.000 em todo o mundo. O Brasil tem ao menos nove casos de suspeita.
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