A Prefeitura de Kiev, capital da Ucrânia, afirmou, nesta segunda-feira (21), que a Rússia já bombardeou mais de 70 prédios residenciais durante a guerra. No comunicado divulgado pelo Telegram, não é especificado o período dos ataques.
De acordo com a prefeitura, esses prédios foram danificados em graus diferentes, e as comunicações estão sendo restauradas e os reparos realizados "para que o povo de Kiev possa retornar aos seus apartamentos em casas adequadas para morar", diz o texto.
"Daqueles em que o dano é crítico, os moradores foram reassentados. Onde o dano é insignificante, as concessionárias recebem materiais de reparo para pronta restauração: películas para reparo de janelas, fixadores, materiais para reparo de telhados etc", informa o comunicado.
UCRÂNIA PEDE VOLTA AO TRABALHO
O governo ucraniano disse a seus cidadãos hoje que, "em locais onde seja possível e seguro, vale a pena voltar ao trabalho". "Se você pode trabalhar, trabalhe", disse Oleksandr Tkachenko, ministro da Cultura e Política de Informação da Ucrânia.
"Ao pausar todos os processos de trabalho no país, corremos o risco de piorar significativamente nosso nível econômico."
Segundo Tkachenko, "apesar do apoio humanitário internacional, a guerra está de alguma forma esgotando a economia". "Algumas vilas e cidades foram forçadas a fechar seus negócios devido às hostilidades, os trabalhadores foram forçados a sair e alguns perderam seus empregos por causa dos ocupantes."
Hoje, a guerra entrou no 26º dia com a capital da Ucrânia anunciando que terá mais um toque de recolher de 35 horas, como foi feito na semana passada. O anúncio foi feito hoje pela prefeitura de Kiev após a cidade ter sido alvo de novos ataques. Para a inteligência do Ministério da Defesa do Reino Unido, o cerco à capital deve ser a prioridade das forças russas.
Nesta segunda (21), a Ucrânia rejeitou a proposta russa de rendição em Mariupol, cidade portuária que está sitiada e é considerada estratégica no conflito. Agora, a Rússia prevê mais uma semana para tomar a cidade, segundo um líder separatista. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o cerco e os ataques a Mariupol constituem um "enorme crime de guerra".
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