Novas variantes do novo coronavírus estão se espalhando rapidamente em várias regiões da França, fazendo com que as autoridades locais ordenem regras mais rígidas de uso de máscaras e um toque de recolher ao redor da costa do Canal da Mancha, levantando uma crescente demanda por um novo "lockdown" no leste do país.
Embora a França tenha fechado suas fronteiras com o Reino Unido em dezembro, a variante do vírus identificada pela primeira vez em Kent, na Inglaterra, é agora responsável pela maioria dos casos recentes de contaminação pelo vírus em torno da cidade portuária francesa de Dunkirk, de acordo com um comunicado da agência regional de saúde divulgado neste sábado (13).
A administração regional ordenou regras mais rígidas de uso de máscara e pediu às pessoas em Dunkirk em algumas outras áreas que não saíssem da cidade para limitar a propagação. Os hospitais saturados da cidade estão enviando pacientes com Covid-19 para outras regiões em meio a um aumento no número de pessoas que precisam de cuidados intensivos.
A agência nacional de saúde pública francesa alertou na última quinta-feira (11), que a disseminação das variantes pode piorar a situação do vírus no país nas próximas semanas, após um período prolongado de estabilidade no número de infecções e hospitalizações desde que o último "lockdown" foi suspenso, em dezembro de 2020.
A variante dominante no Reino Unido foi detectada em quase um quarto de todos os casos no norte da França e em 20% dos casos na região de Paris, no final de janeiro, de acordo com os dados mais recentes da agência.
Números divulgados nesta sexta-feira (12) pela maior rede de laboratórios médicos privados da França, Biogroup, sugerem que a variante já se espalhou rapidamente desde então: o grupo diz que a variante apareceu em cerca de metade de seus testes de 1º a 7 de fevereiro na região oeste de Paris.
O Biogroup também identificou um salto no número de casos da variante identificada pela primeira vez na África do Sul em três regiões do leste da França. Na região de Moselle, a variante foi encontrada em quase um terço dos testes positivos durante a primeira semana de fevereiro. O ministro da Saúde, Olivier Veran, foi à região nesta sexta-feira e prometeu intensificar os testes e vacinações, mas o governo tem resistido aos apelos de alguns médicos e líderes locais para um novo bloqueio.
Ao todo, a França confirmou mais de 3,4 milhões de casos de coronavírus e mais de 80.000 mortes relacionadas ao vírus. A frustração tem crescido com a forma como o governo lida com a pandemia. Fonte: Associated Press.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta