Lady Gaga, Ariana Grande e Snoop Dogg estavam presentes, mas quem deu show em uma das maiores casas de espetáculo da Europa foi outra estrela norte-americana: Simone Biles, mesmo com um incômodo no tornozelo, foi ovacionada em seu retorno aos Jogos Olímpicos.
Ela saiu da Arena Bercy em primeiro lugar no solo e no salto, e em segundo na trave, mas potencialmente fora da final das assiméticas. Exceto ela, só a argelina Kaylia Nemour, nas assimétricas, e a chinesa Yaqin Zhou, na trave, fizeram apresentações fora da curva, acima do que se espera de Rebeca Andrade nesses Jogos Olímpicos.
Essa foi só o segundo de cinco grupos que vão se apresentar ao longo do dia, até o último, às 16h10 de Brasília (21h10 de Paris), em que estará o Brasil. Mas como quase todas as favoritas já passaram, o time brasileiro já tem, desde já, uma noção do que precisa fazer para chegar às finais.
Poucas atuações deste grupo com EUA, Itália, China e ginastas de Alemanha, Argélia e Israel, impressionaram. Principalmente de Biles, claro. Ela abriu o dia na trave, com boa série, absolutamente equilibrada, que valeu 14,733. Depois, a chinesa Yaqin Zhou confirmou o favoritismo com 14,866. A boa notícia para o Brasil é que por enquanto a terceira colocada tem 14,033, o que facilita o caminho da classificação individual de brasileiras para esta final.
Antes de competir no solo, Biles começou a dar mostras de que estava com dores, apontando o tornozelo para o treinador enquanto era filmada pela transmissão oficial. Mas ela fez normalmente sua série, também muito superior à das concorrentes. Nota 14,600, apesar de uma passada fora da área de competição.
Ela foi a única com nota acima de 14 pontos no solo, enquanto Jade Carey, atual campeã olímpica, também dos EUA, se embananou toda na serie, fez a pior apresentação do dia, e está definitivamente fora da final. Manila Esposito, da Itália, está em sexto e corre sério risco. A expectativa é que Rebeca e Flávia Saraiva avancem para a disputa por medalhas no solo.
Apesar do aparente incômodo, Biles não se poupou no salto. Fez primeiro o Biles II, de ótima nota 15,800, e depois um Cheng, que valeu 14,800. Ficou com a média de 15,300. Pensando em uma possível final, é uma pontuação alcançável por Rebeca, desde que ela faça o Andrade. Sem o novo salto, ela só chegaria nessa nota com apresentações praticamente perfeitas, e improváveis, do Cheng e do Amanar.
Nas assimétricas, a grande favorita ao ouro é Kayilia Nemour, da Argélia, ginasta nascida e formada na França, mas que mudou de nacionalidade esportiva recentemente. Ela fez uma apresentação muito superior às demais, de 15,700. Qiyuan Qiu, da China, outra forte candidata ao pódio, tirou só 15,066.
Neste aparelho, Simone Biles tirou somente 14,433, o que a deixa em oitavo lugar, potencialmente fora da final. Para Rebeca, um 14,700 deve servir para levá-la à final de seu aparelho feminino. Menos do que isso é um risco.
Por equipes, em que o Brasil também sonha com medalha, os EUA lideram com 172,296, mas outras duas equipes fizeram pontuações próximas ao potencial do time brasileiro na final, que será daqui a dois dias. A China ficou em 166,866, e a Itália com 166.628. O Brasil teve 165,530 para faturar a prata no Mundial do ano passado.
Já no individual geral a conta da comissão técnica do Brasil é que Rebeca pontue na casa de 58 pontos. Só Simone Biles fez (bem) acima disso: 59,566. Mas Sunisa Lee (56,132), Jordan Chiles (56,065), Kaylia Nemour (55,966) e a italiana Manila Esposito (55,898) subiram o sarrafo da disputa pelo bronze, que também é o sonho de Flávia Saraiva. Com o limite de duas atletas por país, só Chiles ou Lee poderão fazer companhia a Biles na final de daqui a quatro dias. Chiles, claro, tem prioridade.
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