A história começa como um conto de fadas. Passa pela jornada do herói, com a queda, a superação e a conquista. E, como no cinema, inspira e emociona muitas outras pessoas. As medalhas de prata conquistadas por Rayssa Leal e Kelvin Hoefler no skate, na estreia da modalidade em Jogos Olímpicos, são dignas de um filme de hollywood.
Para a pequena Ana Clara Araújo, de 14 anos, ver o skate no maior evento esportivo do mundo é também a afirmação de que uma prática considerada marginalizada pode sim ocupar o Olimpo.
"Foi ótimo, uma coisa incrível. Porque além de ser uma inspiração, foi ótimo porque o skate brasileiro nunca foi muito valorizado, sempre foi marginalizado. Então foi incrível!", comemorou.
Para o Matheus Araújo, de 18 anos, a chegada do skate nas Olimpíadas até demorou. Ele contou que pratica o esporte há seis anos e, de acordo com ele, as pistas já se tornaram sua segunda casa. Por isso, ele fez questão de acompanhar as provas de Rayssa e Kelvin.
"Eu estava até trabalhando no momento, mas falei 'não vou perder por nada'. Coloquei o celular no cantinho e assisti. Só não gritei porque estava em ambiente de trabalho. Se não, gritava muito, jogava skate pro lado", exclamou.
E não foram apenas as novas gerações que foram tocadas pela conquista em Tóquio. Lauro Almeida Salles, presidente da Federação Capixaba de Skate, afirmou que a medalha foi uma luz no fim do túnel para a modalidade.
"Isso foi a luz no fim do túnel que a gente precisava. Os donos endoidaram, de tanto skate que vendeu só pra menina. Tem dono de loja em grupo de whatsapp dizendo 'cara, chegaram aqui dez meninas, compraram skate'", disse.
Com as conquistas, os olhos do mundo se voltaram para o skate do Brasil. E, agora, é possível dizer que todos os brasileiros acreditam em fadas e heróis.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta