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Isaquias Queiroz e Rachel Kochhann serão os porta-bandeiras do Brasil

Isaquias Queiroz e Rachel Kochhann serão os porta-bandeiras do Brasil

Campeão olímpico da canoagem em velocidade terá a companhia da capitã da seleção feminina de rúgbi, que recentemente superou um câncer

Publicado em 23 de julho de 2024 às 14:29

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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta segunda-feira, 22, o canoísta Isaquias Queiroz e Rachel Kochhann, capitã da seleção brasileira feminina de rúgbi, como porta-bandeiras dos Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Rachel, que se recuperou de um câncer recentemente, será a primeira atleta da sua modalidade a ter a representar o País na solenidade.

Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann serão os porta-bandeiras do Brasil em Paris
Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann serão os porta-bandeiras do Brasil em Paris. (Foto: Breno Barros e Gaspar Nóbrega)

Isaquias foi campeão olímpico nos Jogos de Tóquio no C1 1000m. Ele acumula também duas pratas e um bronze, conquistados na Olimpíada do Rio, em 2016, quando se tornou o único a conquistar três medalhas em uma única edição.

Caso suba ao pódio, pelo menos uma vez, em Paris, ele pode igualar a marca de cinco medalhas, alcançada por Robert Scheidt e Torben Grael, na vela. Há chances, ainda, de que ele ultrapasse a dupla, caso tenha mais de uma medalha nesta edição.

Isaquias Queiroz, prata no C1 1000m no Pan. (William Lucas/COB )

“Fico muito feliz de poder representar minha Bahia, meu Nordeste, o Brasil inteiro. Vai ser uma cerimônia incrível. Principalmente por poder representar minha modalidade, ainda tímida no Brasil. Botar nossas garrinhas para fora. Com certeza, depois de Paris, o pessoal vai ter mais conhecimento sobre essa grande modalidade. É uma experiência incrível poder representar o seu país. Eu tive a oportunidade no Rio de fazer o fechamento. Mas agora, ser o porta-bandeira na abertura, vai ser uma coisa muita especial”, disse Isaquias Queiroz, de 30 anos.

Natural da pequena Saudades, no Interior de Santa Catarina, Rachel sonhava em ser jogadora de futebol, mas encontrou no rúgbi seu espaço. Ela lidera a Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina de rúgbi, desde que a modalidade entrou no programa olímpico e vai para a sua terceira Olimpíada.

Rachel ficou praticamente dois anos afastada do rúgbi por causa da doença, que se manifestou ainda antes da disputa em Tóquio. Em 2021, ela observou um caroço na mama e chegou a se consultar com os médicos do Time Brasil durante a competição.

Apesar do resultado negativo, uma biópsia realizada posteriormente detectou células cancerígenas que já estavam, inclusive, em metástase no osso do esterno. Ela passou por uma mastectomia bilateral, mas optou por não colocar próteses mamárias para não aumentar o tempo de recuperação e atrapalhar na preparação para Paris.

Raquel Kochhann corre no treino da Seleção Feminina de rúgbi. (Alexandre Loureiro/COB)

“Essa sensação de levar a bandeira para o mundo inteiro ver em uma Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. Trabalhamos muito no Brasil para que o rúgbi cresça e ganhe seu espaço. Sabemos que a realidade do nosso esporte não é ter uma medalha de ouro por enquanto, apesar de termos esse sonho. Mas sempre vi que quem carrega essa bandeira tem uma história incrível e representa uma grande conquista”, celebra Rachel.

A Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpico de Paris acontece na sexta-feira, 26, às 19h30 (14h30 no horário de Brasília). O encerramento das Olimpíadas ocorre em 11 de agosto.

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