Com a conquista da prata na prova de canoagem velocidade C1 1.000m nesta sexta-feira (9) no estádio náutico de Vaires-sur-Marne, a leste da capital francesa, o canoísta baiana Isaquias Queiroz alcançou sua quinta medalha olímpica e se igualou aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, considerado o número total de pódios.
Isaquias já havia conquistado o ouro na mesma prova em Tóquio-2020 e a prata na Rio-2016. Nos Jogos do Rio de Janeiro, também ficou com a prata na C2 1.000m e com o bronze na C1 200m.
O baiano de Ubaitaba chegou à França com a possibilidade de chegar a seis medalhas em Olimpíadas, o que o colocaria ao lado da ginasta Rebeca Andrade como o maior medalhista olímpico do país, mas terminou na última colocação a prova do C2 500m na véspera, ao lado de Jacky Godmann.
Após a conquista da prata, Isaquias desabafou e relembrou o quão difícil foi conseguir alcançar o resultado em Paris.
"Todos vocês sabem que 2023 não foi um ano fácil para mim", disse. "Foi o ano que eu percebi o que não é ser campeão mundial, não ser um super atleta, ser um ser humano com problemas mentais, pessoais, físicos, e tive a oportunidade de sentir essa sensação e tive a oportunidade de remontar, de poder chegar aqui, ser campeão olímpico para mim."
"É um peso que eu tiro em cima das minhas costas", afirmou. "Muita gente não acreditou em mim em 2023". Ele afirmou ainda que seu técnico, Lauro de Souza Júnior teve de "se virar nos 30" para poder fazer ele andar. "Cheguei na seleção em abril e tive que correr muito para chegar em forma até aqui", completou.
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