Pela segunda vez nas Olimpíadas de Tóquio, um judoca se recusou a enfrentar um adversário. Mohamed Abdalrasool, do Sudão, não apareceu para enfrentar Tohar Butbul. O COI (Comitê Olímpico Internacional) está investigando se a motivação foi política.
"O COI está sempre preocupado com esses casos e está monitorando eles de perto", disse o diretor do comitê, James Macleod. "Claramente, se houver abusos flagrantes à Carta Olímpica, o COI tomará todas as medidas necessárias a esse respeito."
Na semana passada, o argelino Fethi Nourine desistiu de lutar nas Olimpíadas para não enfrentar justamente Abdalrasool. Depois, Nourine disse à imprensa da Argélia que abriu mão de competir em apoio aos palestinos, que reivindicam soberania sobre territórios ocupados por Israel. "Trabalhamos muito para chegar às Olimpíadas, mas a causa palestina é maior do que tudo isso", disse ele.
Nourine e seu técnico, Amar Benikhlef, tiveram suas credenciais retiradas pelo Comitê Olímpico da Argélia. Eles também foram suspensos pela IJF (Federação Internacional de Judô, na sigla em inglês).
"A IJF tem uma política rígida de não discriminação, promovendo a solidariedade como um princípio fundamental, reforçado pelos valores do judô. A retirada de Nourine foi em total oposição à filosofia da Federação Internacional de Judô", afirmou a entidade, em comunicado.
Com relações políticas historicamente complicadas, as tensões entre Israel e a Palestina aumentaram durante este ano, com o recrudescimento de confrontos na fronteira.
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