O surfista Gabriel Medina decidiu inovar nas Olimpíadas de Tóquio. Desde que chegou ao Japão, o brasileiro tem levado para o mar um relógio em seu pulso do braço direito, o que quase nunca fez ao longo da carreira.
O motivo: não se perder no tempo da prova. Todas as baterias têm duração determinada. No caso dos Jogos, as duas primeiras etapas levaram 30 minutos cada.
A decisão de passar a usar relógio tem explicação. Em maio, dois meses antes de viajar ao Japão, Medina foi eliminado de uma competição porque, entre outros motivos, se atrapalhou com o tempo.
O episódio ocorreu nas quartas de final da etapa de Margaret River da Liga Mundial de Surfe (WSL), na Austrália.
Depois de ter cometido uma série de erros na bateria contra o havaiano Seth Moniz, precisando de apenas uma nota de 3,84 para virar, o brasileiro não conseguiu uma onda nos minutos finais e se despediu da prova.
Buscando a conquista do ouro olímpico, o que ele tem chamado de "sonho", Medina mostra estar focado e preocupado em não cometer nenhum equívoco.
"Não uso [relógios], não. Mas na minha penúltima competição eu meio que vacilei na bateria, estou tentando acostumar. Não uso [normalmente], mas ajuda", disse nesta segunda-feira (26), após derrotar o australiano Julian Wilson, na praia de Tsurigasaki, em Chiba (cerca de 100 km de Tóquio).
Medina volta ao mar já na noite desta terça (27). A organização das Olimpíadas decidiu antecipar as finais do surfe por conta da possiblidade de chegada de um tufão. A ideia é evitar que os ventos mais fortes atrapalhem a competição.
O surfista brasileiro vai encarar Michel Bourez, da França. Outro representante do Brasil, Italo Ferreira, vai pegar o japonês Hiroto Ohhara. As quartas de final do feminino também acontecem no mesmo dia. Silvana Lima enfrentará a havaiana Carissa Moore.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta