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Rayssa Leal crava manobra na última tentativa e leva o bronze no skate sreet

Rayssa Leal crava manobra na última tentativa e leva o bronze no skate sreet

Brasileira passou a maior parte do tempo fora das três primeiras colocações, mas acerta na última tentativa para subir ao pódio olímpico em Paris

Publicado em 28 de julho de 2024 às 13:59

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2024.07.28 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Skate street feminino - Na imagem a atleta Rayssa Leal. - Foto: Gaspar Nóbrega/COB
Rayssa Leal conseguiu uma manobra de alta difculdade e garantiu o pódio no skate street em Paris. (Gaspar Nobrega)

O talento das skatistas japonesas se colocou no caminho do fenômeno Rayssa Leal na busca pela segunda medalha olímpica, durante as finais da modalidade street nas Olimpíadas de Paris, mas não a impediu de subir ao pódio novamente. Igualmente talentosa e de estilo inconfundível, a brasileira de 16 anos passou a maior parte da disputa fora das três primeiras posições. Uma manobra incrível na última tentativa, contudo, a levou a conquistar o bronze de forma emocionante.

O ouro e a prata ficaram com o Japão. Coco Yoshizawa teve a maior nota da história do skate na Olimpíada - feito que era de Rayssa -, ao anotar 96.49 e foi a primeira colocada com pontuação total de 272.75, seguida pela compatriota Liz Akama, que ficou com 265.95. Já a skatista do Brasil teve 253.37 como somatória final.

Primeira mulher campeã da Liga Mundial de Street e ícone da modalidade, a brasileira Letícia Buofni foi para pista, sem skate, em uma breve cerimônia para decretar aberta a final. Antes disso, participava da transmissão da Rede Globo como repórter, ao mesmo tempo, em que dava dicas para Rayssa, de quem é muito próxima.

A maranhense de 16 anos veio de uma campanha de recuperação desde as semifinais. Depois de notas mais baixas que o esperado na etapa de voltas, recuperou-se na etapa de manobras, inclusive cravando a nota mais alta da história das Olimpíadas, um 92.68, para chegar à decisão.

A disputa do skate olímpico funciona da seguinte forma: as competidoras correm duas voltas de 45 minutos e apenas a mais alta conta; depois, são cinco tentativas de manobras, das quais são validadas as duas mais altas.

Na final, a volta inicial de Rayssa foi consistente. Como de costume, ela explorou muito bem suas variações de manobras nos corrimões. Embora tenha cometido um erro no começo, se recuperou e fechou a apresentação por cima dos dez degraus da escadaria mais longa da pista para cravar nota 71.66.

Em seguida, observou a australiana Chloe Covell quase alcançá-la, com 70.33. Última na ordem da pista, a japonesa Coco Yoshizawa, melhor skatista das semifinais, foi a única a ultrapassar a brasileira, ao anotar 85.02.

Mais erros foram cometidos por Rayssa na segunda volta do que na primeira. Ela abriu a disputa errando a tentativa de um flip e também quando tentou encaixar manobra no corrimão após giro 360. Dessa forma, fechou apenas com um 34,70, nota descartada, portanto foi para a etapa das manobras únicas com 71.66 pontos. Á frente dela, ficaram o trio japonês Liz Akama (89.26), Coco Yoshizawa (86.80) Funa Nakayama (79.77) e a americana Paige Heyn (76.41) .

O início da disputa de manobras únicas foi de muitas quedas, inclusive para Rayssa, que errou a manobra e não pontuou. Ao fim da primeira rodada, apenas Akama (92.62), Chenxi (86.98) e Poe Pison (87.73) pontuaram.

Olimpíadas
Rayssa Leal, na final olímpica do skate street. (Gaspar Nóbrega/COB)

A brasileira aparentou um pouco de nervosismo, mas conseguiu se recompor na segunda rodada para mostrar o foco e estilo de sempre. Foi assim que veio um flip para deslizar no corrimão rumo aos 92.88, a maior nota do dia, superando os os 92.68 conquistados por ela mesma na semifinal. Mesmo assim, terminou a rodada em quinto lugar da classificação geral.

A excelente avaliação de Rayssa foi seguida por um novo erro, na terceira tentativa, zerando novamente. O mesmo se repetiu na quarta manobra, o que a fez chegar na última tentativa em quinto lugar, mas ainda com chances de conseguir subir ao pódio.

A situação se complicou, quando na mesma rodada, Coco Yoshizawa fez 96.49, superando a brasileira como dona da maior nota da história. Ainda em quinto na classificação geral, Rayssa foi para a última tentativa. Chamou a torcida, que gritou enlouquecidamente e a viu deslizar pelo corrimão, após um flip, para obter 88.33. Assim, subiu para terceiro lugar e de lá não foi mais retirada.

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