O ano de 2020 ainda não acabou, mas é inegável o impacto que a Covid-19 já provocou na educação e, portanto, definir as estratégias para garantir um processo pleno de aprendizagem é fundamental. Na rede estadual, o fortalecimento do Programa Escolar, implementado durante a pandemia, a ampliação da quantidade de escolas que ofertam o ensino integral e a estruturação de um conjunto de ações que vão nortear as intervenções pedagógicas estão no planejamento da Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
O risco de contágio por Covid-19, doença provocada pelo coronavírus, transformou as metodologias de ensino praticadas no Espírito Santo. Para evitar aglomeração e a exposição ao vírus, o governo do Estado decidiu suspender as atividades presenciais nas instituições de ensino - públicas e particulares - no dia 17 de março.
Considerando o novo estágio de convivência com a pandemia, nas instituições de ensino superior, as aulas voltaram no dia 14 de setembro. Nas demais etapas, o retorno foi autorizado a partir deste mês. Durante o período de restrições, a Sedu lançou o Programa Escolar, que oferece aulas por meio da televisão e do acesso a um aplicativo de interação entre professores e alunos.
Na avaliação do secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, o Programa Escolar pode ser considerado um dos legados da pandemia, capaz de fomentar o ensino híbrido de maneira articulada por áreas, e o trabalho interdisciplinar de forma presencial ou remota.
A proposta é avançar em algumas questões como o trabalho interdisciplinar, o uso de tecnologias, o ensino híbrido e ações a partir de temas integradores. Tudo isso na nossa rede estadual compõe o Programa Escolar. Deixo claro que ele não substitui de maneira nenhuma a escola. Se fosse isso, não falaríamos da importância de voltar às aulas presenciais, ressalta Vitor de Angelo.
A Sedu também articula a ampliação da rede de escolas que ofertam o ensino integral. A secretaria, afirma Vitor de Angelo, está selecionando os municípios que vão receber a nova estrutura. Sem revelar os locais, o secretário adianta que a proposta é levar a modalidade para as cidades que não têm nenhuma escola com esse perfil.
Estamos em diálogo com os superintendentes e diretores para construir tudo isso com a comunidade. Estamos prevendo escolas no modelo de 7 horas; escolas de 9h30; de 7h, associadas ao ensino técnico; de 9h30, sem o ensino técnico; ensino médio; avançando para séries do ensino fundamental II (6º ao 9º ano), relaciona o secretário.
Outro destaque apontado por Vitor de Angelo é o investimento de cerca de R$ 400 milhões em estrutura física da rede pública estadual de ensino. Além dessas medidas, a Sedu planeja apresentar, até o fim deste ano, um programa que reúne todas as medidas previstas para serem implementadas em 2021.
Será um programa que vai apresentar as intervenções pedagógicas que faremos em 2021, até em razão da pandemia. Será o ano que vamos vivenciar as consequências pedagógicas dela. Será uma ação estruturada, muito sistêmica, que olhe a partir de um diagnóstico onde estão os problemas trazidos por esse período, com a clareza de que nem tudo será resolvido em 2021, sustenta o secretário.
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