Sem sair de casa, o público apaixonado pelo MMA poderá acompanhar verdadeiros duelos de gladiadores no Espírito Santo, direto de Jacaraípe, na Serra, com direito a disputa de cinturões e até luta internacional. Essa vai ser a primeira transmissão de todas os combates pela internet, iniciativa inédita no Estado, promovida pelo Jacara Fight Combat (JFC 2), que chegou em sua segunda edição. O evento vai ser realizado a partir das 18 horas, no dia 5 de setembro.
"Nesse novo e inovador formato, nossa ideia é alcançar não só o público do Espírito Santo que gosta de MMA, mas também do Brasil todo", destaca Luiz Carlos Queiroz, organizador do evento.
Para acompanhar as mais de 10 lutas, é simples. Basta se cadastrar no site Jacara Fight Combat. Ao colocar os dados pessoais e efetuar o pagamento de R$ 29,90, o usuário receberá um login e senha para ter acesso a todo o conteúdo. Além dos combates, há uma série de informações sobre os competidores, fotos, vídeos e diversos materiais para os apaixonados por lutas.
"Nossa ideia é realmente fazer com que o assinante se sinta como se estivesse lá acompanhando as lutas", completa Luiz Carlos.
Um dos duelos mais aguardados será entre Rafael Cowboy e Thiago Naja, que vão disputar o cinturão dos pesos galos (61,2 kg). Nascido no Rio de Janeiro, mas criado no interior da Bahia, Cowboy carrega suas origens: se apresenta sempre com chapéu de cowboy e muita disposição.
"Esse é meu estilo. Estou forte e preparado para conquistar o cinturão neste grande evento. Estou mais motivado para vencer desta vez. Sei que o adversário será difícil, mas vou dar um show", conta Cowboy, que participou da primeira edição do JFC e fez um belo duelo contra Hamyrez Oliveira.
O rival de agora, Thiago Naja, conhecido assim por causa de seus golpes rápidos e certeiros de muay thai, promete que a luta contra Cowboy será a melhor da noite. "Meu adversário, é duro, rápido e tenho certeza que quem estará em casa, pelo pay-per-view, vai assistir a uma grande luta. Será a luta da noite. Se ele quiser fazer a luta toda em pé, vou para a porrada. Só quero trazer o cinturão pra casa."
A disputa pelo cinturão também promete ser emocionante entre Henrique Madureira e Geovane Kamikaze, na categoria até 65,7kg. E os dois têm seus motivos para serem aclamados como campeões.
Natural de Vila Velha, Henrique perdeu a mãe, Carla Viviane Madureira, aos 16 anos, e viveu anos difíceis. Não tive um pai presente. Fiquei meio perdido no mundo, lembra.
Ao ingressar no MMA, viu uma oportunidade de dar a volta por cima. "Eu herdei a garra da minha mãe. E nada dentro daquela 'cage' tirará essa garra de mim. Quero homenageá-la com o cinturão. Vou para cima, promete Henrique.
O adversário também tem seus motivos para lutar com todas as forças. Praticante de artes marciais desde os 7 anos e profissional do MMA há 8 anos, Kamikase, natural de Linhares, respira a modalidade e quer levar o título para sua academia. Ele é um cara de trocação, mas vou para nocautear. Estou muito confiante na vitória.
Vou lá fazer o que faço todo dia na academia: trocar porrada. Quero nocautear no primeiro round. É com essa confiança que a capixaba Larissa Bullet acredita que vai fazer sua estreia no MMA contra a carioca Brena Cardoso, na categoria 61kg. Essa é uma das lutas mais esperadas do evento já que ambas possuem estilos similares e são as melhores dos seus estados.
Com 12 anos de kickboxing e muay thai, invicta na segunda modalidade, Larissa não quer saber de papo furado antes do combate. "Estou treinando para nocautear. Acredito que não dê nem para passar o primeiro round. Quero trocação o tempo todo. O Espírito Santo vai levar contra o Rio de Janeiro, pode ter certeza. A confiança é fruto do trabalho", destaca ela.
Também especialista em muay thai e kickboxing, Brena não se assusta com a promessa da capixaba. "Estou preparada para o que ela vier a oferecer. Se ela quiser lutar no chão, beleza. Se preferir lutar em pé, melhor ainda. Toda luta eu me preparo como a luta da minha vida", ressalta a rival.
Wilmer Nogueira deixou a Venezuela há três anos, para fugir de um país em crise, onde tinha dificuldade até para conseguir comida. De lá, trouxe a paixão pelo MMA e a coragem para ser uma das atrações da noite do JFC. Ele luta na categoria peso pena (até 66 kg) contra o capixaba Wellington Borges.
Estou aqui no Brasil para lutar por uma vida melhor para minha família. Hoje só faço treinar e lutar. E tenho a expectativa de fazer uma grande luta. Na Venezuela temos muito talento, só faltam as oportunidades, conta o lutador, que morava em Roraima e atualmente está em Minas Gerais, treinando em uma academia mineira
Rival de Wilmer, Wellington parabeniza a história do rival, mas também vai com garra para conquistar a vitória. Todos nós temos família, nos respeitamos. E também queremos conquistar a vitória. Desejo que o melhor vença, pontua o capixaba.
Um rigoroso protocolo será seguido pelos organizadores do Jacara Fight Combat a fim de preservar a saúde de todos os envolvidos. Além do distanciamento social nos vestiários, utilização de máscara na pesagem e de todas as medidas de segurança, o Cremasco Medicina Diagnóstica, laboratório oficial do evento, dará suporte especializado nos testes de Covid-19 de todos participantes.
O exame adotado para diagnosticar se os envolvidos estão com o novo coronavírus é o RT-PCR, considerado padrão-ouro na detecção da doença, cuja confirmação é obtida por meio da detecção do RNA (da molécula) do SARS-CoV-2 na amostra analisada, preferencialmente obtida de raspado de nasofaringe.
Os resultados serão apresentados em menos de 24 horas após a realização dos exames. Para garantir que os combatentes estarão aptos e seguros para competir entre si, os testes serão realizados no dia anterior ao evento. "Todo o protocolo de segurança é seguido para proteger todos os atletas. Temos certeza de que o evento será um marco para o MMA capixaba", diz o organizador Luiz Carlos Queiroz.
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