A educação sofreu grandes impactos da pandemia do novo coronavírus e precisou adequar seus métodos de ensino de forma ágil. Diante de tantas transformações em tão curto tempo, o que não faltam são perguntas sobre como serão as atividades em 2021.
O presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), Moacir Lellis, atesta: as instituições privadas vão continuar reinventando-se, modificando-se e desdobrando-se para cumprir seu propósito principal, que é o de cuidar da educação e do futuro de cada aluno. Estamos enfrentando uma realidade totalmente nova para todos e, no setor educacional, não poderia ser diferente, mas temos a certeza de que sairemos melhores, enfatiza.
Lellis explica ainda que a maioria das instituições particulares no Espírito Santo está retomando as atividades presenciais, trabalhando com responsabilidade e segurança, com sistema de rodízios dos alunos e oferta de atividades remotas. Com alternativas como o ensino híbrido combinando o aprendizado on-line com o off-line, destaca.
De acordo com o presidente do Sinepe-ES, as escolas já vêm se preparando para executar os protocolos de segurança, bem como a portaria conjunta Sedu/Sesa (secretarias estaduais da Educação e da Saúde), desde o início da pandemia. Nós, do Sinepe-ES, buscamos orientações de profissionais para elaborar um protocolo completo de ações para as instituições de ensino, colaboradores, alunos e familiares. Estamos orientando nossas escolas e, com a retomada das atividades presenciais neste fim de ano, temos certeza de que, em 2021, a tendência é de estarem todos cada vez mais preparados para lidar com esse momento com sabedoria e responsabilidade, afirma.
Algumas definições ainda estão em aberto para o cronograma do ensino presencial em 2021, mas as turmas das séries iniciais deverão ter uma atenção especial.
É importante reforçar que o aumento da carga horária ou de intensidade de dias nem sempre é a melhor estratégia. Isso tem que ser muito bem dosado, tem de ter propósito. E a probabilidade é que isso seja flexibilizado e personalizado, de acordo com a realidade do grupo avaliado. O princípio básico não é quanto eu dou de hora/aula, mas sim o aprendizado de cada turma, pontua.
Lellis reforçou que não devemos considerar 2020 como um ano perdido, pois foi nele que ocorreu uma grande evolução tecnológica. Claro que não tivemos as convivências e vivências essenciais do dia a dia na sala de aula e nas escolas, mas nossos alunos compartilharam novas experiências completamente diferentes. Aprenderam com a nova rotina, aprenderam a importância dos hábitos de higiene, aprenderam na convivência com pais ou responsáveis e aprenderam até mesmo com a pandemia. Com certeza, foi um ano enriquecedor, mesmo sendo extremamente desafiador para todos nós, observa.
Mesmo diante de um quadro pandêmico e de muitos desafios, as perspectivas para 2021 são bem melhores do que a do ano anterior, avalia o diretor e vice-presidente do Sinepe, Eduardo Costa Gomes.
Vejo novas possibilidades. É certo que estaremos mais fortes. Estaremos mais bem preparados para qualquer tipo de situação. Afinal, no ano que vem, já saberemos como agir diante de uma segunda etapa de pandemia. É lógico que não podemos tirar de cena a gestão de saúde. Com isso, precisamos reforçar ainda mais a ideia de prevenção dentro e fora das escolas, enfatiza.
E completa: Fizemos um ano totalmente adaptado pelas condições com que o vírus se espalhou, porém, tudo foi feito com muita eficiência por parte dos professores e profissionais envolvidos em levar a educação. Tenho a convicção de que trouxemos do trabalho urgente e emergente, o desenvolvimento de projetos que deram conta do recado e que nos permitiram excelentes resultados, finaliza.
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