Alertas sobre o aquecimento global têm sido emitidos desde o fim do último milênio por relatórios e pesquisas científicas que analisam as mudanças climáticas no planeta.
Estudos apontam a necessidade de se adotar medidas urgentes a fim de acelerar ações e investimentos rumo a um futuro sustentável de baixo carbono e um amanhã melhor para as próximas gerações.
Pactos como o Protocolo de Quioto, tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, estabeleceram, ainda na década de 1990, diretrizes ambientais importantes para o mundo.
O documento impôs aos países signatários a redução da emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990. Outro pacto relevante foi o Acordo de Paris (2016), que avançou nos esforços definindo uma meta inédita assinada por mais de 170 líderes mundiais: conter, a partir de 2020, o aquecimento global abaixo de 2ºC, preferencialmente em 1,5ºC.
O empenho demanda engajamentos dos vários segmentos produtivos e da sociedade para mitigar a propagação dos poluentes. Na adesão a esse movimento, a Vale, por exemplo, lançou uma meta histórica: tornar-se uma empresa carbono neutra até 2050, atenuando e compensando a emissão de CO2 (dióxido de carbono) em todas as suas operações.
Para cumprir seus objetivos, a mineradora vai investir ao menos US$ 2 bilhões nos próximos dez anos. Nesse prazo, ou seja, até 2030, pretende diminuir em 33% o lançamento da substância.
O plano foi desenvolvido para impactar positivamente o futuro desta e das próximas gerações e décadas. Atuando em um campo que abraça a causa pró-clima em cada plantio, Tiago Godinho, engenheiro florestal da Reserva Natural Vale (RNV), em Linhares, vê nesses pactos das comunidades internacionais e da empresa a oportunidade de difundir e expandir os ideais nos quais acredita desde menino.
Desde criança, tenho um apreço muito grande pela área florestal e tudo o que envolve o meio ambiente. Quando a gente fala em sustentabilidade, fala em meio ambiente, mas também fala do lado social e econômico, fala do produtor rural alinhado a essa preocupação. Integrar a recuperação e proteção com a questão social e econômica é possível, desde que se tenha técnica e visão holística, destaca.
Pai de Vitor, de seis meses, o profissional enxerga nessas missões empreendidas por vários atores a possibilidade de deixar uma herança inestimável para o menino. E projeto desse tipo, como o da Vale, não há em nenhum lugar do mundo. E é um legado para as próximas gerações também, inclusive para a do meu filho.
O desafio carbono neutro já vem mobilizando os trabalhos da companhia no Espírito Santo, onde um conjunto de medidas foi elaborado e contará também com o suporte da RNV. Uma das metas da empresa, nesse cenário, é ter mais de 500 mil hectares (ha) de áreas recuperadas e protegidas, que se somarão ao 1 milhão de hectares já sob seus cuidados.
O objetivo é recuperar 100 mil ha de áreas degradadas no Brasil. Haverá, ainda, a proteção de 400 mil hectares fora dos limites da mineradora, ou seja, avançando em outras áreas, no Brasil e em outros países. As atividades englobarão o combate à caça e ao roubo de madeira. As unidades de conservação serão parceiras nessa iniciativa, nos níveis municipais, estaduais e federais.
As atividades de proteção ecossistêmicas serão feitas em parceria com os parques para ajudar na conservação por ações contínuas de vigilância. A educação ambiental neste contexto, também entra nessa pauta e ganha cada vez mais espaço, tanto no entorno dos parques quanto no atendimento a demandas desses espaços.
Inicialmente, três Unidades de Conservação, que totalizam 50 mil hectares devem ser protegidas pela Reserva nos próximos anos. Outra frente relevante da Vale, agora na área operacional, é o funcionamento da primeira locomotiva elétrica de pátio da Unidade Tubarão, em Vitória. A medida é outro propulsor para a obtenção dessas marcas, calcadas em energias de fontes renováveis.
A elevação do volume de C02 impacta negativamente o clima do seguinte modo: o aumento da substância na atmosfera influencia a própria vegetação e leva-a ao risco de descompensação no crescimento, modificando toda a dinâmica das florestas.
Há perigo também de extinção de espécies com o aumento da temperatura e inviabilização da agricultura e da sobrevivência de comunidades em algumas áreas. E esse aumento ainda provoca alterações pluviométricas com áreas ficando desérticas e outras registrando acúmulo de chuva num período muito curto.
Diante desses malefícios, como age uma empresa preocupada com o meio ambiente que se propõe a ser carbono neutra? O protocolo ambiental da corporação passa a calcular o total das emissões, reduz onde é possível a propagação de CO2 e balanceia o restante dos lançamentos através da compensação. Esta última ação pode ser feita por meio da compra de créditos de carbono ou da recuperação de florestas em áreas degradadas. Esse cuidado, portanto, faz parte do trabalho desenvolvido na Vale.
Com as medidas ambientais abraçadas pela comunidade internacional e pelas atividades produtivas, é possível que o mundo seja um lugar mais sustentável, tendo como base também o respeito à biodiversidade.
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