A crise gerada pela pandemia do coronavírus, que transformou o ano de 2020 num dos maiores desafios da história recente em todo o mundo, trouxe impacto na economia, mas não abalou os planos de investimentos de grandes empresas que atuam no Espírito Santo.
Companhias até revisaram projetos, mas muitas mantiveram o foco em seguir com o plano de expansão, já visando uma retomada econômica prevista para o próximo ano, ao mesmo tempo em que a expectativa por uma vacina contra a Covid-19 dá mais ânimo para o reaquecimento do mercado.
A Suzano, por exemplo, segue firme com seu projeto de injetar R$ 380 milhões na ampliação de sua base florestal no Estado, criando novos empregos cerca de 160 postos de trabalho e aumentando ainda mais a competitividade dos negócios da companhia.
Segundo o gerente de silvicultura da empresa, Guilherme Christo, com esse investimento, a Suzano espera ampliar em até 20 mil hectares a área de plantio de eucalipto em solo capixaba.
Nosso objetivo é investir esse valor ao longo de três anos. Vamos buscar novas áreas de plantio no Espírito Santo, para atender nossas unidades fabris aqui mesmo. Hoje, trazemos muita matéria-prima de Minas Gerais e Sul da Bahia. Com mais plantio dentro do Estado e mais próximo da gente, podemos aumentar mais a competitividade da empresa, afirma.
Mesmo com algumas cidades implantando barreiras que dificultam a expansão do plantio, Christo explica que o negócio pode ser benéfico tanto para os municípios quanto para o Estado, gerando mais empregos, maior recolhimento de impostos, além de diversificar a cadeira produtiva. Para a empresa, também há uma redução do custo estrutural e logístico.
A logística é um fator fundamental para fortalecer a competitividade do nosso negócio e a expansão da base florestal busca trazer a matéria-prima para mais perto da nossa unidade industrial. Muito mais do que representar ganhos logísticos e de custos para a companhia, a iniciativa fortalece o desenvolvimento regional a partir da atividade de silvicultura, executada com base em práticas sustentáveis, reitera Alan Charles Brehmer, gerente-executivo de Operações Florestais.
Atualmente, a Suzano possui mais de 2 mil contratos de parceria com produtores apenas no Espírito Santo, com destaque para municípios das regiões Serrana e Norte. A empresa possui um time de Negócios Florestais que atua na prospecção de áreas para arrendamento ou aquisição de terras para plantio.
O time analisa locais de maior vocação para receber a base florestal, e muitas áreas de pastagens. Os técnicos negociam diretamente com os produtores, mas também conversamos com cooperativas interessadas nesse negócio, explica o gerente de silvicultura.
Com o aumento da base florestal no Espírito Santo, a expectativa é que a empresa gere entre 150 e 160 novos empregos, que variam conforme o ritmo de licenças obtidas pela empresa.
A crise advinda da pandemia também não alterou o cronograma da Suzano em concluir e iniciar as operações da sua fábrica de papel em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, no primeiro trimestre de 2021.
A unidade em Cachoeiro que conta com R$ 130 milhões em investimentos anunciado em dezembro de 2019 - será a maior de toda a empresa para conversão de papel higiênico e papel-toalha.
A fábrica terá capacidade de produzir 30 mil toneladas de papel higiênico por ano, o equivalente a cerca de 34 milhões de rolos do produto. A produção será voltada para o mercado interno, tendo Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais como principais Estados consumidores. Serão produzidos no local papéis higiênicos das marcas Mimmo e Max Pure.
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