A ação do fenômeno El Ninõ, que age neste ano sobre o clima, deve atrasar o período de chuvas na Região Sul do Estado e pode provocar seca. O alerta do período de estiagem e a importância de ações de sustentabilidade para minimizar esses efeitos foram temas centrais abordados durante o lançamento da 12ª edição do Prêmio Biguá, promovido pela Rede Gazeta, realizado nesta terça-feira (30), em Cachoeiro de Itapemirim.
Para o palestrante Henrique Lobo, engenheiro agrônomo, sanitarista, hidrogeólogo, membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e do Conselho Diretor do Instituto Terra, regiões montanhosas como a do sul do estado precisam de proteção florestal. Pois, explica ele, a partir das chuvas, a água consegue infiltrar e se manter nos lenções freáticos, fato que ajuda a enfrentar o período de estiagem.
O presidente da Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim, Paulo Breda, disse que até outubro deste ano o período é de alerta, já que a vazão do maior afluente da região sul do Estado deve cair de forma considerável. “Tanto La Niña, como o El Ninõ afetam o ciclo hidrológico do rio. No início do ano foi explícito por especialistas que havia uma disponibilidade de água pequena a partir de abril, mas ainda não está se concretizando, mas até outubro estamos em alerta”, comentou Breda.
Incentivar e reconhecer às boas práticas ambientais que trazem resultados positivos na sociedade são objetivos do Prêmio Biguá. O evento, promovido pela Rede Gazeta, reuniu gestores públicos, instituições, estudantes e ambientalistas no Sest Senat.
O diretor-geral da Rede Gazeta, Marcello Moraes, destacou a importância do projeto, alinhado aos ideais da instituição com o desenvolvimento do Estado.
Desde o seu lançamento, em 2012, 330 projetos já foram inscritos e 59 premiados. Um deles foi o da Escola Municipal Eliseu Lofêgo, em Cachoeiro. A gestora Daniela Passoni Altoé conta que foram ganhadores da categoria escola no ano passado com o projeto ‘Jardim do Afeto’.
“Nós desenvolvemos a revitalização do espaço escolar através do cultivo das plantas doadas pela comunidade e pelas famílias dos estudantes. Em 2020, a escola foi municipalizada, e quando chegamos, era um prédio sem vida, sem cor e veio à ideia para trazer vida para a escola. A principal importância do prêmio foi permitir que todos, servidores e estudantes, se sentissem integrados e fizessem parte do processo”, Daniela Passoni Altoé que esteve presente no evento.
A partir desta terça-feira, podem se inscrever no Prêmio Biguá agricultores, prefeituras, escolas, sociedade civil, empreendedores ambientais e os institutos de ensino superior dos 28 municípios da Região Sul do Espírito Santo. As inscrições vão até o dia 31 de julho deste ano e podem ser feitas no site www.agazeta.com.br ou no whatsapp (28) 99885-7131.
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