A necessidade de revitalizar o ambiente escolar fez com que profissionais da Escola Municipal Belmiro Teixeira Pimenta, em Colatina, desenvolvessem um modelo de horta solidária que unisse eficiência ambiental e um espaço acolhedor para os estudantes. O projeto, idealizado em 2015, foi uma das iniciativas vencedoras do Prêmio Biguá Noroeste, que reconhece ações sustentáveis em diferentes áreas da sociedade.
Iniciado há 13 anos no Sul do Espírito Santo, o Prêmio Biguá está na quarta edição na Região Noroeste do Estado e teve a cerimônia de premiação realizada na noite de quarta-feira (23), em Colatina. Ano após ano, o objetivo é sempre reconhecer aqueles que não só acreditam em um futuro mais verde e responsável, mas que também atuam diariamente para torná-lo realidade.
O projeto da Escola Belmiro Teixeira Pimenta foi o destaque na categoria Ensino Fundamental e Médio, com o título “Horta hidropônica: um espaço vivo de experiências”. A iniciativa criou uma horta escolar por meio da hidroponia, um sistema de cultivo de plantas que não usa terra, mas uma solução de água com nutrientes. O objetivo era desenvolver o protagonismo juvenil no plantio de mudas, além de utilizar a produção da horta no preparo diário da alimentação escolar.
“É sobre se tornar protagonista, fazendo a diferença e replicando os conhecimentos adquiridos com autonomia”, completou Fabiana.
Na categoria Sociedade Civil, o projeto vencedor foi o da Associação de Catadores Colatinense de Materiais Recicláveis (Asccor), com o título “Coleta Seletiva: uma ponte para a sustentabilidade”. A iniciativa implementou a coleta seletiva e a educação ambiental em bairros de Colatina, com o intuito de reduzir o envio de resíduo reciclável seco ao aterro sanitário municipal, além de reintroduzir esse material à cadeia de produção, gerando renda para os associados.
Para a presidente da entidade, Dilvana Silva Santos, a conquista do prêmio representa uma vitória coletiva.
Na categoria Produtor Rural, o vencedor foi o Sítio São Luiz com o projeto "Cultivos Agroecológicos". A família de Pancas é focada em uma produção que respeita o meio ambiente, obtendo produtos agrícolas sem o uso de agrotóxicos. A propriedade ainda criou o “chocolate agroecológico”, receita de chocolate artesanal feita com o cacau produzido dentro do sítio. Para os idealizadores, a relevância de uma iniciativa como essa começa no presente, mas pensa em um futuro que não está distante.
Na categoria Empresas, a vencedora foi a instituição São Gabriel Tijolos Ecológicos, com o projeto “Lama Abrasiva” Na Fabricação De Tijolos Solo-Cimento”. A instituição produz tijolos utilizando como matéria-prima a lama de beneficiamento de rochas ornamentais (LBRO), uma alternativa de tijolo mais sustentável e esteticamente diferenciado.
Na categoria Poder Público, o primeiro lugar foi conquistado pelo projeto “Águas de Tabocas”, da gerência de Santa Teresa do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (GLST/IDAF). A ideia foi colocada em prática em uma escola municipal do município, incentivando os alunos a atuarem na identificação de nascentes de água e trabalhando em formas de preservar os recursos hídricos da cidade.
O resultado foi a construção de um vínculo entre estudantes e moradores, trabalhando juntos na elaboração de políticas públicas voltadas para o meio ambiente.
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