O Parque Nacional do Caparaó abriga uma beleza exuberante em meio à terceira montanha mais alta do país: o Pico da Bandeira, com quase três mil metros de altitude. É também o refúgio de quem escolheu viver ao lado da natureza, colhendo e produzindo tudo o que vai à mesa.
O parque abrange cinco municípios no lado capixaba e quatro no lado mineiro. No meio da mata, nascem mais de 15 afluentes do Rio Itapemirim, que abastecem também a Bacia do Rio Itabapoana e o Rio Doce.
A família Costa desfruta da abundância da natureza no quintal de casa. Tira leite da vaca no curral da propriedade, colhe frutas e verduras na própria horta. Clima, água, altitude, podemos comer tudo natural, sem jogar veneno. É um ambiente que não pode acabar. Não tem preço, diz a produtora rural Aparecida da Costa.
Em Ibitirama, um dos municípios que compreendem a região do parque, quem um dia explorou a natureza, em caças a animais silvestres, hoje pensa diferente. Depois de tantos anos criando minha família, eu falei: vou ver se mudo o jeito de educar minha família. Em vez de caçar, passei a conscientizar, a preservar, diz o guia da região do Caparaó, Deuzedino Rodrigues Moreira.
Os muriquis, uma espécie de macacos considerada a maior do continente americano, também desfruta da natureza do Caparaó. São macacos extremamente pacíficos, que vivem em grupo e que precisam ter um espaço isolado, que não tenha visitação ou perturbação, para continuar a sobreviver aqui, disse o biólogo Helimar Rabello.
A região é de grande importância para a manutenção da vida e cheia de curiosidades. Essa água aqui é classe especial, porque não tem nenhum tipo de contaminação. Nós temos aqui um fenômeno que acontece em toda grande montanha, que são as nuvens que vêm do oceano Atlântico e são direcionadas para a Serra do Caparaó. Aqui liberam água o ano inteiro, independente de chover ou não, elas em contato com a vegetação liberam água e, por isso, não para de descer água, explicou a ambientalista Dalva Ringuier.
O Parque Nacional do Caparaó abrange um território de aproximadamente 31,8 mil hectares. Cerca de 80% do parque está no estado do Espírito Santo. O local é uma das mais representativas áreas de preservação da Mata Atlântica em território capixaba, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o parque.
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