Moradores de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, relatam a sensação de insegurança após arrombamentos em casas do litoral. Suspeitos invadem casas de veraneio, geralmente fechadas na baixa estação, e levam até materiais de construção.
Em Itaoca, Itapemirim, os suspeitos levaram materiais de construção e itens da parte elétrica. Para evitar novas invasões, o funcionário público Marcelo Soromenho adotou algumas medidas de segurança, como a instalação de cerca elétrica. Outra estratégia é acender uma fogueira à noite, na tentativa de mostrar o imóvel não está vazio. “Botei fios de contenção para tentar impedir e todo dia eu venho aqui e boto fogo”, conta o funcionário público Marcelo Soromenho.
Em uma das casas, o assaltante entrou pelo muro, usando como apoio o registro de água para escalar para invadir a casa. Na fuga, o suspeito ainda levou toda a estrutura da janela, o que fez com que o morador precisasse fechar o local com cimento e tijolo. A vítima acredita que o criminoso não agiu sozinho. ”Subir sozinho com uma televisão de 55 polegadas, as panelas elétricas, eu creio que sozinho ele não teria conseguido”, explica o serralheiro Felipe Furtado.
Há sete anos morando em Itaoca, Selma Paccelli também se sente insegura. Ela diz que os roubos passaram a ser mais frequentes nos últimos seis meses na região. “Não vejo patrulhamento nenhum. Eu já mandei até mensagem pro governador no telefone privado, mas não tive resposta. Nós que somos os prisioneiros e eles que estão soltos”, critica a autônoma.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, só neste ano, de janeiro a junho, em Itaoca e Itaipava, foram registrados 81 roubos. Em 50 deles, as casas foram alvo. “Pessoas não moradoras da cidade que estão vindo justamente para praticar os roubos”, afirma o delegado da Polícia Civil, Djalma Pereira.
Já a Polícia Militar garante que faz rondas em toda a cidade e, ainda esse mês, pretende implantar o motopatrulhamento, garante o capitão Egranphonte, subcomandante da PM.
“A viatura é dedicada ao patrulhamento preventivo. Ela percorre essas ruas do interior, com o giroflex ligado, com baixa velocidade de patrulhamento, para poder ser vista pelo morador. E a gente planeja também implementar agora no mês de junho a modalidade motopatrulhamento. Dessa forma, a gente vai poder abranger uma área maior ainda de policiamento”, enfatiza.
Com informações da repórter Vivia Lima, da TV Gazeta Sul
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta