Há pelo menos três meses Marilene Afonso do Rosário, de 61 anos, convive com uma aflição diária. Isso porque ela aguarda a biópsia na mama direita após exames apontarem a suspeita de um tumor. Segundo a paciente, a médica que a atendeu no dia 21 de maio na Santa Casa de Misericórdia, em Vitória, disse que o caso dela é grave e por isso o procedimento seria realizado em até 15 dias. Porém, já se passaram 85 dias e nada foi feito.
O medo aumenta para Marilene devido ao histórico de câncer de mama na família. Ela já perdeu parentes para a doença. Por estar ciente da situação, em maio ela correu contra o tempo e, com a ajuda da cunhada Ana Cristina Afonso, fez todos os exames para agilizar o processo cirúrgico. O que, de acordo com Marilene, não adiantou, pois não recebeu o atendimento. Mas, a moradora de Vila Velha não desistiu e corre atrás do diagnóstico.
“No exame de maio eu faria uma sucção, porém no momento do procedimento a médica falou que não poderia fazer, pois já estava profundo. Se fizesse por agulhamento poderia ficar pedaço. Então teria que cortar e tirar o pedaço todo para fazer a biópsia”, informou ao repórter Christian Miranda, da TV Gazeta.
Mesmo com o apontamento da profissional da saúde, a rapidez necessária não foi cumprida. Situação que não era para acontecer, pois conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a fila de cirurgia eletiva, caso de Marilene, é dinâmica, ou seja, tem entrada e saída diariamente.
O receio da paciente é que ela passe a ser uma soma nos 377 casos de câncer de mama diagnosticados de janeiro a agosto de 2024 pela Sesa e não esteja recebendo tratamento.
Ao ser demandada, a Santa Casa afirmou que a cirurgia está agendada para o dia 27 de agosto. Entretanto, quando a reportagem foi gravada pela TV Gazeta, na última quarta-feira (14), Marilene contou não ter recebido a informação. Já nesta quinta-feira (15), após novo contato da reportagem, ela confirmou te recebido a ligação.
Conforme apuração do repórter Cristian Miranda, da TV Gazeta, a Santa Casa afirmou que só entra em contato quando o procedimento está confirmado com segurança. Eles informaram ainda que avaliam a necessidade de vaga Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e estoque de sangue.
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