A crase deixa você crazy? Calma, não há motivos para pânico. Crase tem método. Ela é tinhosa, mas dá para domá-la. A mais fácil das regras é: crase, na imensa maioria das vezes, não antecede palavras masculinas.
Ei, atenção aqui, resida: em 99,587% das vezes, a crase só é usada em termos femininos, segundo apurou o nosso Instituto de Pesquisas Futura e Pretérita (IFP), também conhecido pelo nome fantasia Instituto Fachetti e Pegoretti.
Interessante, né?
Para colocar os pingos nos is (ou melhor, o acento grave no a), a própria crase mandou um comunicado para a nossa redação. Leia com atenção o manifesto "Isso é grave".
Sim, meus queridos e minhas queridas. A crase é milituda. Termos masculinos não passarão na maioria das vezes.
Mas há exceções. A crase permite-se ser acompanhada por termos masculinos nestas situações abaixo:
Exemplo: “Refiro-me àqueles homens que me assediaram”. Àquele = a (preposição) + aquele. “Vou assistir àquele filme.” "Eu assisti àquilo. Lamentável."
“Estou vestida à Gianni Versace”. // “Ele fez um saque jornada nas estrelas à Bernardo.” Muito pouco usado, não é?
Agora vamos um pouco mais fundo nesta análise. Crase tem fórmula: a + a = à. Ou seja, a artigo + a preposição = à. Isso é quase matemática. E o que a gente conclui disso. Veja:
Agora fica fácil. Então, quando pinta a dúvida, é só fazer a adequação ao gênero na oração. Se couber "ao", pode cravar: a frase no feminino tem "à". Mais fácil explicar com exemplos.
Tem crase porque na analogia temos: Eu me referi AO filho caçula de Maria.
Tem crase porque na analogia temos: Eu assisti AO filme da sessão das 22h.
NÃO tem crase porque na analogia temos: Eu me referi A ele --- e não ao ele.
Aêêêê.... Fim de aula. Mas todas essas regras vão garantir nossa imunidade AOS erros (ÀS falhas ----- olha aí)? Não. Todo mundo, por desatenção, pode derrapar. Mas, como diz o grande pagodeiro contemporâneo, nunca é "tardezinha" para declarar: a gente foi feliz tentando acertar. Rá.
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