A jornalista Elis Carvalho adota um lema para conduzir a carreira: informar para transformar. Transformar não só a vida das pessoas que consomem o conteúdo que ela entrega, mas também a sua própria jornada individual.
"Uma coisa que eu sempre gosto de dizer é que nós não somos a voz do povo, porque o povo tem voz. Nós somos um instrumento para que essa voz ecoe. E que a gente consiga transformar a sociedade através do jornalismo. O jornalismo, para mim, é isto, comunicar para transformar", afirma a jornalista.
Nesse percurso profissional na vida desta fluminense, mudanças e transições não faltaram, desde a saída do Rio de Janeiro para o Espírito Santo até a passagem da cobertura policial para o entretenimento.
Durante um bate-papo com a turma da 27ª edição do Curso de Residência em Jornalismo da Gazeta, Elis falou sobre essas e outras rotas que pontuaram sua trajetória, como o trabalho no Em Movimento, programa da Rede Gazeta em que já foi repórter e agora atua como editora. A conversa ocorreu na última sexta-feira (16), no QG da Residência.
Natural de Niterói (RJ), Elis começou a atuar no Jornalismo em 2012, até que sua vontade de conhecer novas culturas a fez se mudar para o Espírito Santo. Após alguns anos trabalhando em solo capixaba, foi contratada pela Rede Gazeta, em 2015, atuando na editoria de polícia até 2020, quando recebeu a proposta de migrar para o entretenimento.
Foi no Em Movimento, que o “oi” carioca deu lugar ao “ei” da terra da moqueca e, por fim, se transformou no “ei, gente”, marca registrada da jornalista.
Ainda durante o encontro, Elis usou das suas experiências para dar dicas aos residentes, especialmente quanto à produção do programa de TV, uma das entregas previstas dentro do curso. Segundo a editora, foram os erros e acertos cometidos durante sua trajetória que a fizeram se tornar a jornalista que é atualmente.
Ela também ressaltou que o jornalista deve manter proximidade com as pessoas e os fatos. Destacou, ainda, que os repórteres são instrumentos para garantir que a voz do povo ecoe, mantendo sempre a sensibilidade ao ouvir suas histórias.
“No momento que eu perder a sensibilidade, eu perdi tudo no jornalismo (....). A gente vai ficando um pouco frio com o tempo, vemos muita coisa acontecendo e vamos ‘normalizando’. Mas não perca a sensibilidade. A sensibilidade e a humanidade são essenciais para conseguir realizar um bom trabalho e fazer o que o jornalismo é."
Elis conta que sempre buscou novas perspectivas e aprendeu a se relacionar com diferentes públicos e narrativas, conforme suas experiências nas editorias de polícia, entretenimento e moda – esta última um de seus maiores desafios. “Lidar com pessoas nunca é fácil, mas com quanto mais pessoas obtermos uma boa relação, melhor”, reflete.
Os residentes seguirão se encontrando com profissionais da Rede Gazeta e ex-participantes do programa de imersão, com o intuito de ampliar suas perspectivas sobre o jornalismo.
Este conteúdo foi produzido por Aline Gomes, Bruno Nézio, Carol Leal, Isabelle Braconnot e Louize Lima, alunos do 27° Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, e teve a supervisão da editora do programa, Andréia Pegoretti.
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