Atentar-se para a produção de pauta, e não apenas para a prática da reportagem na rua; não se apegar apenas a um veículo ou área no início de carreira; ampliar o olhar sobre o fazer jornalístico e abandonar preconceitos e estigmas quanto à profissão adquiridos durante a graduação são atitudes que podem abrir as portas para uma carreira mais sólida no jornalismo.
As dicas foram apontadas por veteranos da comunicação aos alunos do 26º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, na aula inaugural que marcou a abertura do programa, na sede da empresa, na manhã desta terça-feira (5).
Neste primeiro dia do curso, os focas da turma 2023 tiveram um bate-papo com os jornalistas (todos ex-residentes) Raphael De Angeli, repórter da TV Globo e ex-aluno do programa (turma 2010); Isaac Ribeiro, repórter da TV Gazeta Norte (turma de 2008); e Ana Elisa Bassi, produtora da TV Gazeta (turma de 2012), que deram essas e outras orientações para trilhar a área. A apresentação e mediação ficaram a cargo de Álvaro Guaresqui, repórter da TV Gazeta (turma de 2021).
Para Raphael De Angeli, sua experiência na imersão da Rede Gazeta tem uma palavra-chave a ser seguida: testar-se. É testando que se conhecem novas habilidades, principalmente quando se chega sem muita bagagem à Redação, defende.
O repórter da TV Globo também reforça que o residente deve consumir o máximo de conteúdo possível, de diferentes línguas e perfis e veículos, e não se restringir a uma editoria ou área neste início de carreira. “Assim você identifica o que gosta e o que não gosta, percebendo possibilidades de exemplos bem-sucedidos e malsucedidos. Não feche o coração para outras áreas e veículos.”
Ana Elisa tem percepção semelhante. Gostos e preferência não podem criar barreiras para a carreira. A própria vivência dela exemplifica que a mudança de rota ou função pode não significar a perda do foco, muito pelo contrário. Tudo está alinhado.
O gosto por contar histórias, um hábito que adquiriu pensando nas reportagens que iria assinar no impresso, passou a fazer parte de uma outra área que está na gênese do jornalismo: a produção. E foi como produtora que ela viu a chance de contar essas histórias.
Para Isaac Ribeiro, o desafio da profissão está muito voltado a se fazer entender pelo público. “A narrativa muda muito. O tempo inteiro há atualizações. Na TV, você conversa com a pessoa do outro lado da tela. É um desafio adequar a linguagem para o modo como as pessoas vão entender."
Quanto ao comportamento com as equipes de trabalho, Isaac enfatiza aos novos alunos: aproveitem a oportunidade, e não se esqueçam de que estão sendo observados o tempo todo pelos editores.
A turma 2023 da Residência é composta por Breno Alexandre, Carla Nigro, Daysi Silva, Enzo Macedo, Gabriel Mazim, Isabelle de Oliveira, Jessica Coutinho, Laísa Rodrigues, Leiriane Santana e Vitor Gregório.
Ele passaram por um processo seletivo com três etapas, prova objetiva, redação e entrevistas, e foram os escolhidos dentre os 187 concorrentes que se inscreveram para a disputa. O grupo já está a postos para as atividades e, na tarde desta terça-feira, já se ambienta com os espaços da Rede Gazeta.
"É o início de uma imersão de três meses nos veículos da Rede Gazeta, com atividades práticas e aulas como as de Língua Portuguesa e redação; produção de conteúdo para redes sociais; formatos de textos jornalísticos; e diretrizes editoriais e formatos de branded content. Assim como na edição 2022, contamos com o apoio do hub Base27 para trazermos conteúdos sobre inovação. Além disso, o CEO da Wis, Leonardo Carrareto, falará sobre como empreender e criar oportunidades no jornalismo", detalhou o coordenador do Curso de Residência, Eduardo Fachetti, também gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta.
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