Luz, câmera... Ou melhor, estabilizador, celular, ação! As inovações tecnológicas seguem trazendo diversos impactos e transformações para o jornalismo, no que se refere à entrega do conteúdo ao público. Um exemplo claro é o surgimento do formato mobile, que ganha força por inovar em linguagem.
Na última terça-feira (12), os alunos da 26ª turma do Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta puderam conhecer mais sobre o novo formato a partir de uma aula conduzida por Kaique Dias, repórter da TV Gazeta.
Nessa oportunidade, Kaique trouxe a seguinte temática aos residentes: “Como fazer reportagem de TV com uma câmera na mão”. Com nove anos de Rede Gazeta, o repórter passou a desenvolver matérias com o uso do formato mobile em fevereiro de 2023 e, a partir de então, vem trazendo uma perspectiva diferente em suas reportagens, principalmente no programa Bom Dia ES.
“É algo que sempre deve ser testado. Não tem receita certa. Depende da situação que se encontra”, diz.
Para esse tipo de produção, o repórter deve contar com um estabilizador, responsável por evitar a trepidação; um celular, para as gravações; e um microfone de lapela, com objetivo de fazer captações em áudio. É preciso também checar se há luz ambiente.
Porém, antes de realmente entrar em ação, o repórter da TV Gazeta faz um destaque importante: “Eu faço um roteiro para edição”. O material é utilizado com o propósito de dar um direcionamento à reportagem e apontar o que deseja no conteúdo final, tendo sempre em mente que se trata de um trabalho em equipe.
Feito o roteiro, é o momento de entrar em cena. Nesse tipo de linguagem, que traz consigo o dinamismo e a interação com o público, o visual é um fator determinante. “A gente trabalha muito com o visual. Se você não tem algo diferente, acaba sendo monótono”, relata Kaique.
A produção desse formato carrega esses conceitos – dinamicidade e interatividade –, que estão diretamente relacionados a “uma linguagem utilizada em vlog, em rede social, para a TV”, explica o jornalista. Nesse ponto, vale se atentar a pauta, afinal de contas, é necessário um assunto descontraído e, ao mesmo tempo, visual.
A pauta sobre o Dia Mundial da Bike é um exemplo. Kaique circulou por Vitória e conversou com o capixaba, trazendo o olhar do público sobre a bicicleta, que vai além de um meio de transporte.
Outra matéria desenvolvida a partir da linguagem mobile é a do Festival de Forro de Itaúnas, um evento que reúne átrações do forro pé de serra. O jornalista trouxe diferentes visões dos forrozeiros, que vêm de todos os cantos do Brasil. Trata-se de uma festa característica do distrito do município de Conceição da Barra.
Kaique trouxe a proposta da nova linguagem para a redação multimídia. Ainda assim, não tinha total domínio do formato mobile e aprendeu a lidar com a novidade ao longo da trajetória na Rede. “Questões técnicas são mais difíceis de absorver, mas com o tempo você pega”, retrata.
As aplicações técnicas na linguagem estão ligadas ao manuseio do estabilizador, noção de iluminação e uso do microfone de lapela e do aparelho celular.
De acordo com o repórter, cuidados técnicos fazem a diferença durante a gravação dos conteúdos. São detalhes complementares, até porque é preciso usar “ técnica a favor da história". "Ela que vai fazer com que a pessoa assista o trabalho”, indica o jornalista.
As transformações digitais ocorrem dia após dia. É uma constante evolução, que abarca novos aplicativos, diferentes equipamentos, atualizações dos smartphones. Porém, além de se atentar à tecnologia, é importante não perder de vista a linguagem usada no formato mobile.
*Vitor Gregório é aluno da 26ª turma do Curso de Resiidência em Jornalismo da Rede Gazeta. Esta matéria foi produzida sob a supervisão da editora do programa, Andréia Pegoretti
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