O 26º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta recebeu inscrições de candidatos de todas as cinco regiões do país. No total, 187 pessoas fizeram o cadastro e se submeteram à prova de Jornalismo, Língua Portuguesa e Conhecimentos Gerais, na plataforma Gupy. O número supera a marca da edição do ano passado, que atraiu 150 graduandos e recém-graduados.
Em sua primeira etapa, o processo seletivo foi disputado por formandos e recém-formados do Sudeste (Rio de Janeiro, Minas Gerais e, claro, Espírito Santo), Nordeste (Ceará, Bahia e Maranhão), Centro-Oeste (Mato Grosso), Norte (Pará) e Sul (Santa Catarina).
Além da diversidade regional, chama atenção a variedade das áreas de formação. Estudantes e ex-estudantes de Comunicação Social, Letras, Direito, Pedagogia, Enfermagem, Educação Física, História, Economia, Rádio/TV, e Informática entraram no páreo, informou o coordenador da Residência, Eduardo Fachetti, também gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta.
As inscrições para a Residência encerraram-se na última segunda-feira (14). Os 59 candidatos que acertaram mais de mais de 60% das questões e atenderam aos critérios para disputar as vagas seguem para a segunda fase do processo, a etapa de Redação, que será liberada na próxima quinta-feira (17).
Nesta fase, serão considerados como critério para avaliação: conhecimento dos padrões jornalísticos de escrita, obediência à norma culta de língua portuguesa, objetividade e criatividade.
Os 10 aprovados no processo seletivo mergulharão de cabeça no poder das comunidades do Espírito Santo, tema escolhido para este ano, que abrange a valorização das múltiplas identidades que formam o Estado, visibilidade aos negócios locais e a geração Z, que utilizam as redes sociais como porta e entrada para descobrir o que há de bom em suas comunidades.
O lançamento do Curso de Residência 2023 teve como convidado especial o repórter do Fantástico Estevan Muniz, que lotou o auditório da Rede Gazeta, na manhã do último dia 1º.
Documentarista independente e dedicado à cobertura de temas relacionados aos Direitos Humanos, Estevan deu uma aula sobre notícia, narrativa e sensibilidade no exercício da profissão.
O jornalista detalhou seu processo para apresentar ao público temas sensíveis, estabelecendo uma escalada na carga de informações e dos dramas reais. Como exemplo, mencionou a reportagem feita por ele sobre o Discord, um aplicativo popular entre adolescentes que havia se tornado ferramenta para envolver jovens em crimes como tortura e estupro.
“Fizemos duas grandes coberturas sobre o Discord, que foram impactantes. Eram muitos crimes brutais. Então, mostramos de forma gradativa: destacamos primeiro o crime menos brutal, até chegarmos ao mais brutal. Era como se eu dissesse para o público: ‘Fica aí comigo que a gente vai gradativamente. Vou te preparando'. Sempre falo: na cobertura de Direitos Humanos, não dá para você violar direitos, você tem que respeitá-los e protegê-los”, disse Estevan, na ocasião.
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