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Como passar a quarentena sozinho sem se sentir solitário

Como passar a quarentena sozinho sem se sentir solitário

'Quarentener' conta como está sendo sua experiência e especialista dá dicas para tornar este momento mais leve e driblar a solidão no isolamento

Publicado em 30 de abril de 2020 às 15:53- Atualizado há 5 anos

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Mulher dançando em casa: como ter mais equilíbrio na quarentena do coronavírus
Criar novos hábitos e manter uma rotina estão entre as recomendações. (Diller/Freepik)

Em tempos de pandemia todas as rotinas mudaram, famílias e profissões se adaptaram, praticamente tudo mudou. Neste momento, o distanciamento social é essencial, porém ter essas restrições em vigor pode ser difícil para muitos. Não sair de casa pode ter um enorme impacto em nossa saúde mental, pois nos sentimos isolados do mundo. É natural querermos nos comunicar com os outros, sair livremente e fazer o que fazemos diariamente.

Neste contexto, um novo problema pode aparecer nas pessoas ou agravar um problema já existente, a solidão, principalmente para quem mora sozinho e não tem contato físico com nenhuma outra pessoa na maior parte do tempo. A boa notícia é que dá para criar ou intensificar alguns hábitos que colaboram para tornar este momento mais leve.

Monique Bicalho mora sozinha há dois anos e, segundo ela, optou por isso por gostar de privacidade e liberdade. “Morar só é bom, porque você sabe que quando você pode sair, sai, quando pode ver a sua família e amigos, você vai”, diz.

Apesar das vantagens, o atual momento ressignificou as relações de quem mora sozinho com a escolha. Monique explica que a principal mudança que acompanha o período de isolamento é não poder se reunir com outras pessoas, hábitos que faziam parte de sua rotina antes da quarentena. “Mantinha contato direto com os meus amigos, inclusive eu trabalhava com um deles. Saíamos todos os finais de semana e, às vezes, alguns dias da semana. Além de viajar uma vez por mês para visitar a minha família”, conta ela.

Para Monique manter o contato virtual não é suficiente, ela conta que ainda conversa muito com a família e os amigos, mas que pela internet não é a mesma coisa. “Viver num isolamento total é doloroso, porque nós somos seres que gostamos de afeto e trocas de carinho, às vezes, um abraço bem apertado já melhora o dia”, complementa.

A psicóloga Bianca Rabbi explica que o isolamento social pode potencializar os sentimentos de solidão nas pessoas, já que o contato pessoal não é mais possível e, muitas vezes, o virtual não supre todas as necessidades.”Pela alteração na rotina e a falta de socialização, as pessoas que moram sozinhas podem se sentir com o humor mais deprimido, o que precisa ser observado”, afirma ela.

Segundo Bianca, o aumento do estresse e a falta dessa rotina definida, podem levar a um aumento no consumo de comida, bebidas alcóolicas e/ou remédios como forma de descontar suas emoções.

O que fazer?

A profissional deu algumas dicas de como tornar este momento mais leve e driblar a solidão na quarentena:

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  • 01

    Crie e mantenha uma rotina

    É importante que a pessoa mantenha a sua rotina o mais próximo do que era antes, estabelecendo horários para dormir, acordar, trabalhar, comer e se exercitar;

  • 02

    Crie novos hábitos

    É uma boa oportunidade para procurar novas práticas de cuidados com a saúde, como meditação ou yoga, ler algum livro, assistir aquela série ou filme que não pôde acompanhar antes;

  • 03

    Mantenha o contato com quem você gosta

    Manter o contato com amigos e familiares por telefone é muito importante nesses momentos, não só através de mensagens via aplicativos, mas também por chamadas de voz ou de vídeo;

  • 04

    Aceite a realidade

    Um ponto importante é aceitar a situação e, também, aceitar que a solução disso tudo não está em nossas mãos, pois muitas vezes carregamos a necessidade de resolver tudo, até mesmo aquilo que não podemos. Então, aceitar a realidade é a melhor saída para a liberdade;

  • 05

    Se precisar, procure ajuda

    “É importante acrescentar que muitos psicólogos estão realizando atendimento online, o que pode ser de grande ajuda nesse período para que as pessoas consigam encarar toda essa situação e sejam capazes de lidar com tudo o que está acontecendo. Buscar uma rede de apoio, mesmo que virtualmente, faz toda a diferença para quem está enfrentando tudo sozinha”, conclui a psicóloga.

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