A arte surgiu na vida de Ernane Batista ainda na adolescência, quando ia ao Cine Metrópolis, na UFES, e após o término das sessões passeava pelo Espaço Universitário ou pela Galeria Universitária onde visitava as exposições de artistas capixabas. Quando entrei na universidade a minha ideia era ir pelo caminho da fotografia. Como a sala de cerâmica ficava ao lado da sala de fotografia olhava aquele lugar com muita curiosidade. Um dia resolvi me matricular no primeiro módulo de cerâmica e depois disso nunca mais larguei. Aos 44 anos, ele é um dos principais ceramistas do Estado criando peças contemporâneas e de formas orgânicas para longe da produção em escala da indústria. Observo muito a natureza e as formas orgânicas presentes em coisas como plantas e sementes. A vista do ateliê, no bairro Santa Cecília, dá para a Reserva Ecológica da Pedra dos Dois Olhos e observar a mata me traz bastante inspiração. Como um bom capixaba tenho também uma grande relação com o mar o que faz com que muitas das formas marinhas sirvam de inspiração para a criação das minhas peças, conta. Suas peças inclusive já apareceram no programa Perto do Fogo, apresentado pelo chef Felipe Bronze, no GNT. Ernane também tem um projeto paralelo de colagem analógica e nas horas vagas fica imerso entre revistas antigas e papéis. A jardinagem também é um dos meus passatempos.
As cartas que meus pais trocavam na época em que eram noivos e meu pai morava em São Mateus, o que ocorreu durante um período.
Os anéis que minha mãe usava ficam sempre na minha cabeceira desde que ela faleceu, em decorrência do Alzheimer, há três anos.
Ganhei recentemente essa obra feita por Attílio Colnago que pertenceu a uma amiga muito querida. Uma herança muito afetiva de histórias que se cruzam.
Meus cadernos que me acompanham por todo lugar. Neles que faço meus apontamentos de agenda e esboços para novas criações.
Comprei essa peça no ateliê Suenaga e Jardineiro em uma viagem à Cunha (SP) cidade referência em cerâmica no Brasil. Foi meu primeiro contato com a proporção grandiosa que um ateliê de cerâmica pode ter.
Neste momento de isolamento o livro Arte Moderna, de Giulio Carlo Argan, tem sido uma grande companhia para estudos e referências artísticas.
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