Muitos moradores da Barra do Jucu, em Vila Velha, já devem ter notado uma construção com um estilo medieval por lá. Isso porque, o local abriga um verdadeiro castelo, que além de imponente, é cercado de mistérios em sua história. Porém, o rei Mauro Lima, proprietário da construção, pela primeira vez abriu as portas do seu palácio para a imprensa, e além de mostrar toda a decoração do local, também revelou a história da construção.
Mauro Lima veio de Minas Gerais, em busca de nova oportunidades de trabalho, e no estado chegou a ser morador de rua. E foi durante esse momento de sua vida, que, fazendo bicos, ele conseguiu juntar suas economias para comprar uma casa no bairro, que logo depois trocou pelo terreno, onde hoje é o seu castelo. A primeira coisa que eu construí foi uma escada, lembro que ficava sentado nessa escada olhando o mar. E hoje, é por ela que subo para o meu palácio, lembra ele. Ninguém acreditaria que eu chegaria até aqui.
A construção levou cerca de 20 anos para ficar do jeito que está hoje, imponente e cheia de detalhes. O castelo de Mauro conta com piscina, soldados em tamanho real do lado de fora dos muros - os quais o próprio dono serviu de modelo -, além de um quintal digno de vila medieval, com casinhas que servem de atelier para o rei da construção, e até uma escultura de uma cobra gigante entre a grama.
As casinhas são cada uma um atelier para Mauro criar ainda mais cenários e personagens do seu reino, e ele revela que a maioria dos materiais usados são reciclados. Do lixo das pessoas, é que eu fiz o meu luxo, pois guardo os materiais há mais de 30 anos, e uma hora, eles vão se compondo de alguma forma aqui, confidencia ele. Que complementa dizendo que hoje, o interior do castelo é feito de cenários, que variam entre sala de tortura, quarto dos capacetes, sala da Anabelle, e entre outras composições. É uma construção original pois tudo aqui saiu da minha mente, explica.
E segundo o proprietário, toda essa estética de terror dentro do castelo é para lembrar as pessoas: Que um dia existiu muito mal, e hoje ainda existe. E me perguntam, mas você não tem medo de ficar aí dentro, e eu rebato tenho medo quando saio na rua.
Além dos detalhes, o castelo também possui cômodos subterrâneos, que Mauro quer preservar com seus mistérios, por isso não revelou os detalhes do local.
Outro ponto especial do castelo é a sua sustentabilidade, sendo o catavento do local o que fornece energia para as lâmpadas, área com energia solar, e reaproveitamento de água da chuva. A água da chuva, por exemplo, cai no último andar, e eu reaproveito no segundo para lavar roupas, limpar o local e entre outras tarefas, finaliza ele.
Apesar das atrações, o castelo ainda não tem previsão de abrir as portas para o público em geral, mas, segundo Mauro, a previsão é de que o local se torne um espaço cultural, que possa dar asas a imaginação de muita gente.
Com informações de Diego Araújo, do Em Movimento
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