Se está difícil para muita gente encarar esse período de angústia e incertezas, imagina para uma grávida, prestes a dar à luz. Na gestação, as emoções já ficam à flor da pele. Como manter a serenidade necessária para o parto no hospital, diante do medo do contágio por coronavírus. E depois, já com o bebê, mais apreensões.
Com 41 semanas de gravidez, a administradora Letícia Pratti, 37 anos, tem motivos em dobro para tanta ansiedade. Está bem diferente desta vez em relação às gestações anteriores, quando teve o Artur, hoje com 8 anos, e o Guilherme, com 4.
Por meio de mensagens, Letícia conversou com a equipe da Revista.ag e compartilhou um pouco de seus sentimentos às vésperas do nascimento da filha, Lorena, que pode nascer a qualquer momento.
"Quando as notícias sobre a pandemia se intensificaram eu estava com 38 semanas de gestação. Tinha vários planos feitos para os dias que antecederiam a chegada do meu terceiro filho e tive que lidar com a frustração de ver tudo mudar de repente"
"Isolamento, crianças em casa, sem contato a família, medo do desconhecido... E as notícias eram cada vez mais alarmantes. Toda a preparação para a chegada do bebê foi abalada pela circunstância"
"Gravidez é um período cheio de emoções, altos e baixos. A reta final é pura ansiedade. Muitas dúvidas e medos rondam a chegada do bebê. Comigo não foi diferente"
"Nada de exercícios ao ar livre, nem fisioterapia, sem tempo para meditar ou relaxar, afinal, estamos confinados em casa, juntos. Venho tentando mentalizar coisas boas, muita oração, pedindo que Deus abençõe nosso caminho. Em muitos momentos o estresse toma conta, uma aflição de se sentir impotente diante de tudo. Nessas horas o choro vem forte pra aliviar o coração"
"Não receberemos visitas depois que o bebê nascer, no hospital ou em casa. Não haverá fotógrafo no parto, apenas a médica estará comigo. Manteremos isolamento. Redobraremos os cuidados de higiene. Mas abusaremos das redes sociais para interagir com a família. Não temos opção. A situação requer todo cuidado que pudermos ter"
"Me preocupa passar pelo puerpério em isolamento, mas prefiro me concentrar em uma coisa de cada vez. Não sofrer por antecipação. Temo pelo futuro, pelo rumo que a pandemia pode tomar, mas me sinto feliz por ter um motivo para sorrir em meio a esse caos.
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