O isolamento social é a principal ferramenta de prevenção contra a proliferação do novo coronavírus, por isso comércios fecharam as portas e os consumidores têm evitado ao máximo sair de casa. Neste cenário, o serviço delivery tem se mostrado como grande solução para ajudar o comerciante a manter seu negócio funcionando e evitar a exposição de quem precisa comprar os produtos destes empreendimentos.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, o vírus pode durar até três horas suspenso no ar em ambientes fechados, até 24 horas em papel ou papelão e de 2 a 3 dias em aço inox ou plástico. Por essa razão alguns cuidados ao receber os produtos em casa é essencial.
O infectologista Crispim Cerutti Junior recomenda que todas as superfícies que podem ser molhadas sejam lavadas com água e sabão e, caso seja possível, as embalagens sejam descartadas. Quando encomendar uma pizza, o ideal é jogar a caixa fora. Se comprou uma pasta de dente, por exemplo, retire a caixa e guarde só o tubo, complementa.
É importante evitar o contato direto com o entregador e fazer a higienização imediata do produto recebido e, em seguida, das mãos para evitar o contágio, orienta o profissional.
Quem envia também deve estar atento para não colocar em risco nem a equipe e nem os clientes. Plataformas de entrega de alimentos, como o iFood desenvolveram mecanismos que evitam o contato físico entre cliente e entregador.
Geraldo Cola é proprietário do Espetinhos Mimi Vitória, unidade credenciada do frigorífico especializado em espetos. Ele conta que os aplicativos de entrega são grandes aliados desde antes da situação de alerta gerada pelo vírus. Eles profissionalizaram e facilitaram a entrega, tanto para quem envia, quanto para quem recebe, explica.
Meu produto já chega pra mim devidamente regulamentado, segundo todas os parâmetros nacionais de higiene, a embalagem mantém o produto vedado, diz Geraldo. A equipe que já contava com várias regras relacionadas à higiene e agora as atenções estão redobradas. Tudo é esterilizado, os funcionários usam toucas, máscaras, luvas e não há contato entre os setores, salienta o empresário.
E a demanda?
Geraldo acredita que a demanda de entregas deve aumentar gradativamente durante o período de confinamento. Logo no início, esperávamos um grande salto nos envios, porém o número apenas se manteve, acredito que seja porque, logo no início, as pessoas se preocuparam em estocar, conta.
Mas após pouco mais de uma semana de incentivo ao isolamento social, os números começaram a crescer. No último domingo e ontem tivemos um movimento bem grande nos pedidos, o que surpreendeu, já que, geralmente, segundas são mais calmas e acredito que deva crescer mais daqui pra frente, quando o estoque das pessoas diminui. Ainda assim, Geraldo afirma que medidas precisam ser tomadas e que deu férias à boa parte da equipe para manter o equilíbrio do negócio neste momento delicado.
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